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A distopia de Orwell sobe ao palco no Fundão pela mão da ESTE

A peça, em cena até dia 15, na Moagem, pretende abordar o equilíbrio entre tecnologia e privacidade.

A Estação Teatral da Beira Interior (ESTE) estreia quinta-feira, às 21:30, no auditório da Moagem, no Fundão, a peça “2+2=5”, criação a partir da obra “1984”, de George Orwell.

A 47.ª produção da companhia, em cena até dia 15, pretende abordar o equilíbrio entre tecnologia e privacidade.

“É um espetáculo que procura refletir, a partir da matriz da obra de Orwell, sobre o equilíbrio precário entre o progresso tecnológico e a preservação da nossa autonomia e privacidade”, frisa Alexandre Barata, o diretor de produção.

Segundo Alexandre Barata, a narrativa desenvolve-se “entre polos de resistência e submissão” e questiona quem são os cidadãos “nesta arquitetura de vigilância e controlo”.

O diretor da ESTE destacou “a velocidade com que a tecnologia se tem enraizado no nosso corpo e na nossa mente, a gradual amputação da liberdade em prol da segurança, o crescimento exponencial da inteligência artificial e a forma como nos desumanizamos mutuamente” como o mote para a peça.

O também ator e músico sublinhou ainda a oportunidade de recorrer ao universo distópico de Orwell para a companhia continuar “a redescobrir a sua metodologia, colocando-a em debate com recursos que ainda não tinham sido explorados, neste caso o video mapping, perspetivando-o como um catalisador estético e técnico”.

“2+2=5”, encenado por José Garcia, tem apresentações de quinta-feira a sábado às 21:30 e aos domingos às 17:00. Entre 10 e 13 de outubro estão previstos espetáculos para as escolas de 2.º e 3.º ciclos do concelho do Fundão, mediante marcação.

A mais recente criação da companhia é protagonizada por Joana Poejo, Pedro da Silva e Samuel Querido. O espetáculo está indicado para maiores de 12 anos.

 

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