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Seminário do Tortosendo vai ser Centro de Acolhimento de Refugiados

O protocolo entre a Câmara da Covilhã e a Congregação do Verbo Divino foi reconvertido para que o Seminário do Tortosendo deixe de estar disponível para ser um hospital de retaguarda de apoio a doentes com covid-19 para passar a ser “um Centro de Acolhimento de Refugiados ucranianos”, informou o presidente do município, no final da reunião privada da autarquia de sexta-feira, 11.

O espaço, utilizado nos últimos dois anos apenas por uma família, segundo Vítor Pereira, tem 50 camas disponíveis, a que se juntam mais 95 camas “distribuídas por unidades hoteleiras e particulares” para acolher os refugiados vítimas da invasão da Ucrânia por parte da Rússia.

De acordo com o presidente da autarquia, o levantamento feito no concelho resultou em 145 camas disponíveis e 113 ofertas de emprego “praticamente em todas as áreas da nossa economia”. Neste caso, está a ser feita a articulação com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, para “não haver sobreposição de ofertas” e estas serem “respostas complementares”.

Vítor Pereira sublinhou que a maioria dos deslocados devido ao conflito armado na Ucrânia são “na esmagadora maioria mão-de-obra qualificada”.

Além das camas disponibilizadas pelo município, as restantes foram sinalizadas no âmbito de contactos com empresas, juntas de freguesia e instituições do concelho, num trabalho em articulação com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O presidente do município adiantou que o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira vai disponibilizar roupa de cama, refeições, a higienização necessária e a lavagem de roupas.

A Câmara Municipal, acrescentou Vítor Pereira, está a agilizar o acompanhamento e a monitorização dos deslocados “numa primeira fase”, nomeadamente ao nível da “intervenção sociocultural”, no sentido de facilitar a integração.

Esse trabalho, acrescentou, está a ser feito em colaboração com diferentes instituições, no âmbito do programa “Missão de Acolhimento Covilhã – Ucrânia”.

A Rússia lançou a 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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