As Marchas Populares da Covilhã voltam a realizar-se este ano, depois de dois anos de interregno devido à covid-19, no dia 18 de Junho entre o Campo das Festas e o Pelourinho e, uma semana depois, no Complexo Desportivo, com a participação de seis grupos.
A Junta de Freguesia do Tortosendo é a novidade desta edição, ao participar pela primeira vez no evento e a terceira marcha a desfilar.
Segundo a ordem definida pelo sorteio realizado hoje à tarde, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Covilhã, na presença dos representantes das colectividades, o Águias do Canhoso será o primeiro apresentar-se à população, seguido do Oriental de São Martinho, da Junta do Tortosendo, Académico dos Penedos Altos, do Vitória de Santo António e do Grupo Desportivo da Mata.
De acordo com José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do Associativismo, está prevista a participação de 700 a 800 pessoas nas Marchas Populares, entre quem desfila, as bandas que acompanham e quem ajuda na elaboração dos arcos, confecção das roupas e restante logística.
Para o presidente do município, Vítor Pereira, a retoma do evento vem “dar um suplemento de energia, de ânimo”, além de dar “alegria, cor e entusiasmo às nossas gentes”, salientou, na conferência de imprensa de apresentação das Marchas Populares.
Vítor Pereira considera tratar-se de uma iniciativa “enraizada na nossa tradição cultural” e frisa ser importante nesta altura, “depois destes períodos sombrios, negros, com que nos temos deparado nos últimos tempos”.
“Penso que estão reunidas as condições para termos umas Marchas razoáveis para este recomeço”, refere Elias Riscado, presidente da Mata e co-responsável pela organização.
Questionado sobre o desejo manifestado em 2019, de alargar as associações participantes a mais freguesias, o presidente da Câmara da Covilhã vincou que “o ideal seria que estas Marchas tivessem uma participação mais abrangente, mais numerosa e massiva”, mas ressalvou o período pandémico que se atravessa há dois anos, e que dificulta atingir esse objectivo.
Vítor Pereira diz que, embora o novo coronavírus não tenha desaparecido, os casos não são agora tão nefastos como antes da existência das vacinas e acrescenta que ser um evento realizado ao ar livre “dá mais conforto”.
O presidente da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, Carlos Martins, que vai atribuir um apoio às marchas da sua área de abrangência, a decidir na próxima reunião do executivo, elogiou os envolvidos e o regresso do evento.
“As Marchas são a grande manifestação cultural, recreativa e de lazer que se realiza na Covilhã”, considera o autarca.
O município atribui uma ajuda de quatro mil euros a cada colectividade, num total de 24 mil euros.
A secretária da Junta do Tortosendo, Susete Ferreira, explicou que a freguesia decidiu estrear-se nas Marchas Populares da Covilhã por ser importante retomar as actividades festivas “neste cenário pós-pandemia”, por se tratar de um evento que “fomenta o espírito de comunidade” e por “promover o espírito de entreajuda”.