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Covilhã “saiu prejudicada” com desmantelamento do Aeródromo

O desmantelamento do Aeródromo da Covilhã para a construção do Centro de Dados da então Portugal Telecom, inaugurado em Setembro de 2013, “não valeu a pena” e, “fazendo contas de deve e haver, a Covilhã saiu prejudicada”, considerou o presidente da autarquia, Vítor Pereira, em declarações aos jornalistas na sexta-feira, 6, no final da sessão privada do executivo.

O edil disse estarem a trabalhar no ´cubo` “cerca de 200 engenheiros” e referiu que “as expectativas que existiam de expansão não se vieram a verificar”.

Para Vítor Pereira, o centro de armazenamento de dados digitais “podia ter ficado localizado num sítio onde não tivesse este impacto”, apesar de ter frisado que “o Data Center é importante” e “continua a ser uma estrutura de ponta”.

“Nada justifica que se tenha desmantelado o mais antigo aeródromo do país”, acentuou o presidente da Câmara da Covilhã, que em 2013 sucedeu a Carlos Pinto à frente da liderança do município.

Vítor Pereira destacou a importância do aeródromo para “o escoamento dos produtos agrícolas” da região para a Europa, a existência, no local, de meios de combate a incêndios e vincou ser um campo de experimentação para o curso de Engenharia Aeronáutica, além de ter salientado as “condições únicas” da Cova da Beira para o voo lúdico.

“Mais do que um desejo, é uma necessidade”

Na opinião do presidente da Câmara da Covilhã, a construção de um novo aeródromo, “mais do que um desejo, é uma necessidade”, adiantando existir um local apontado para o efeito e um estudo prévio, embora tenha salientado que esse investimento terá de ser “intermunicipal”.

Segundo Vítor Pereira, a localização da estrutura é “viável” nas “imediações da estação de Caria”, na confluência dos concelhos de Belmonte, Manteigas, Guarda, Fundão e Sabugal, em terrenos não muito propícios à agricultura e sem necessidade de grandes obras de terraplanagem, acentuou.

Questionado sobre a pertinência do investimento, tendo em conta que agora existe um aeródromo próximo, em Castelo Branco, o presidente do município covilhanense argumentou que “têm características diferentes” e que o assunto foi apresentado à Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela e a hipótese “não foi descartada por ninguém”.

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