A Câmara de Belmonte iniciou na passada segunda-feira, 16, as obras de requalificação da estrada de acesso à vila, pela Quinta das Pereiras, uma das vias que se encontrava em pior estado de conservação no concelho.
A autarquia avisa que as obras se deverão prolongar até, pelo menos, sexta-feira, 20, pelo que o acesso aquela zona tem que ser feito por uma via alternativa, pelo Bairro do Santo Antão.
O mau estado das estradas que atravessam o concelho tem sido objecto de discussão, quer no seio do executivo, quer da Assembleia Municipal. Na última reunião deste órgão, a bancada do PSD perguntou ao vice-presidente, Paulo Borralhinho, se o Estado pagou alguma coisa à Câmara para compensar os estragos provocados por camiões durante as obras de requalificação da Linha da Beira Baixa, mas a resposta foi negativa. “Que eu saiba, não há nada. Não estamos a contar com isso para reparar as estradas” disse o autarca.
Dias Rocha, anteriormente, já tinha dito que a autarquia pensava investir entre 150 a 200 mil euros para reparar “as piores” estradas do concelho, e adiantava ter informado o Governo dos danos provocados por camiões, estimando que, para se ter estradas em condições, sejam necessários cerca de dois milhões de euros. Só que “não podemos estar à espera do que o ministério nos possa ajudar”, havendo locais que, pelo seu estado de degradação, terão que ser já intervencionados, dando o autarca como exemplos o caminho das Pereiras, a rua dos bombeiros voluntários, o acesso a Malpique ou o sítio das Ferrarias.
Numa assembleia municipal, o presidente da Câmara lembrou que “tivemos cá sedeados os estaleiros” das obras da Linha da Beira Baixa, que “ficou cá algum dinheiro na economia local”, mas “as estradas ficaram degradadas”, prometendo levar o assunto ao ministro das obras públicas e infra-estruturas. “Belmonte não é Lisboa. Temos poucas verbas. Devem ajudar-nos” afirmava