Chega com o Outono há mais de 40 anos e o Festival de Teatro da Covilhã volta a trazer à cidade espectáculos sobre várias temáticas e para diferentes faixas etárias, entre 5 e 18 de Novembro.
A edição deste ano conta com nove companhias de teatro, 14 sessões programadas e duas peças a subirem ao palco do Teatro Municipal da Covilhã, que permite a apresentação de estruturas com uma dimensão que não é possível ter no auditório do Teatro das Beiras, onde podem ser vistas as restantes encenações.
A estreia nacional de “A Maluquinha de Arroios”, do Teatro da Terra, da autoria de André Brun, com encenação da também actriz Maria João Luís e com 14 atores em palco é a principal novidade na programação de 2022.
O espectáculo, com a duração de 120 minutos e para maiores de seis anos, estreia em 5 de Novembro, às 21:30, no Teatro Municipal da Covilhã (TMC).
Para assinalar o centenário do nascimento de José Saramago, no dia do aniversário do escritor, a parceria entre o Teatro das Beiras e o grupo espanhol Karlik Danza Teatro trazem novamente à Covilhã, dia 16, “Quem se Chama José Saramago”, às 15:00 e 21:30, no TMC, para “dar outra dimensão ao espectáculo”, salientou hoje Fernando Sena, o director do Festival de Teatro da Covilhã, durante a apresentação do programa.
“Todo este processo começou em 1970 e continua a resistir”, salientou o responsável pelo Teatro das Beiras, aludindo aos primórdios da companhia covilhanense, na altura chamada Grupo de Intervenção Cultural da Covilhã.
Produtora da companhia, Celina Gonçalves destaca a importância dada à programação para a infância e adolescência, com “propostas para várias faixas etárias”, a partir dos três anos.
“Voltámos a reforçar a área da infância”, depois de dois anos muito condicionados pela pandemia nessa vertente, sublinhou a também vice-presidente do Teatro das Beiras, que afirmou esperar a adesão de cerca de 500 crianças.
Segundo Susana Gouveia, também da direcção da companhia, houve a preocupação de trazer companhias novas ao Festival, como é o caso da Associação Teatro em Curso, que em 12 de Novembro sobe ao palco do auditório do Teatro das Beiras com “O Cerco de Leninegrado”.
O objectivo, sublinhou, é “dar a conhecer outras realidades”, além da preocupação com “a diversidade” e em “garantir oferta cultural” de qualidade.
Do cartaz fazem ainda parte os Ksilálida Teatro, dia 8, com “100 c@ras”; a Companhia de Teatro do Algarve, com “Sibí & Pip – Uma Viagem Entre as Pequenas Palavras de Pessoa”, dia 9; os BAAL 17, com “Uni-Verso”, dia 10; a Companhia de Teatro de Braga, com “A Mais Forte + Pária”, dia 11; o Teatro Noroeste, com a apresentação de “A Maior Flor do Mundo”, dia 14, e, no encerramento, A Escola da Noite, com “Aqui, Onde Acaba a Estrada”, dia 18.
Os bilhetes custam seis euros, com descontos para maiores de 65 anos e menores de 25. Os ingressos de criança nos espectáculos para as escolas tem o preço de um euro.
A edição 2022 do Festival de Teatro da Covilhã está orçado em cerca de 40 mil euros, em linha com o valor investido nos anos anteriores, referiu Fernando Sena.