O presidente do Sporting da Covilhã, José Mendes, anunciou grandes alterações no plantel da equipa da II Liga de futebol e a entrada, antes da reabertura do mercado de transferências, de “três ou quatro jogadores”.
Durante a assembleia geral realizada na noite de quinta-feira, a mais participada da última década, o dirigente assumiu a “situação desportivamente difícil”, mas também sublinhou faltarem 24 jornadas e 72 pontos até ao final do campeonato e pediu aos sócios para apoiarem a equipa.
“Os resultados, não aparecendo, eu não vou deixar andar até não ter possibilidade de resolver o problema. Vamos até dezembro buscar três ou quatro jogadores. A partir de janeiro podemos mudar mais cinco ou seis e, se tivermos de mudar, mudamos”, adiantou José Mendes, alertando que tudo será feito segundo a política “das contas em dia” e “dentro do possível, quando não é possível, não se contrata”.
O presidente serrano avisou que a equipa “vai mudar e não vai ser tão pouco quanto isso” e informou que hoje chegará um reforço para a defesa.
Segundo o dirigente, há 18 anos na liderança dos ´leões da serra`, as mudanças vão acontecer porque alguns jogadores não são o que se julgava quando foram contratados, outros por não se adaptarem e “outros por outros fatores”.
O Sporting da Covilhã encontra-se no último lugar do campeonato, com apenas cinco pontos e soma uma vitória em 11 jogos disputados, mas José Mendes frisou que “esta situação não é inédita” e que o importante “não é como começa, é como acaba”, aproveitando para criticar “o bota-abaixo”.
“Vamos olhar para a frente, com empenho, com dedicação, para inverter os resultados desportivos o mais rapidamente possível”, acentuou o presidente do clube que há 15 temporadas consecutivas disputa o segundo escalão nacional.
José Mendes referiu que, apesar de não fazer alarde, está “atento e a trabalhar” e mencionou presidir a um dos “dois ou três clubes” dos campeonatos de futebol profissional que são dos sócios e não de investidores que em outros emblemas têm “investido aos milhões e que têm capacidade para formar grandes plantéis”.
“Não temos investidores. Vivemos do que temos e fazemos milagres para manter o clube estável. Somos os primeiros a sofrer com os resultados negativos, mas sempre prontos, ao outro dia, a querer dar a volta à situação”, vincou o dirigente serrano, durante a reunião magna. “Vamos continuar a lutar para que o clube continue, pelo menos, na II Liga. Cá estamos no final da época para fazer contas e tomar as decisões que temos de tomar”, acrescentou o presidente.
Na assembleia geral foi ainda aprovado o relatório e contas do clube relativo à última temporada, com um exercício líquido de 221 mil euros e uma diminuição do passivo, no qual não estão incluídos os valores da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ).