O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, informou na segunda-feira, 19, ter recebido a informação de um responsável da Altice, numa conversa informal, que “não está no horizonte” a venda do Centro de Dados da Covilhã.
Segundo o autarca, questionado no final da Assembleia Municipal sobre a notícia avançada esta semana pela agência Bloomberg, foi-lhe transmitido ser uma informação que “não corresponde à verdade”.
Mas Vítor Pereira realçou não poder “impedir o livre funcionamento do mercado” e, caso essa hipótese se venha a concretizar, os compromissos e obrigações da Altice transitarão para o futuro proprietário, como aconteceu quando a infra-estrutura, localizada nos terrenos do antigo Aeródromo da Covilhã, passou da Portugal Telecom para a Altice.
“Foi-me negada essa intenção, mas vamos admitir, como mera hipótese, que pode no futuro haver uma transmissão, uma venda desta infra-estrutura. Ninguém a compra para a fechar. Compram-na para a manter activa, até porque ela é considerada, do ponto de vista técnico e quanto à capacidade, muito importante”, enfatizou o autarca covilhanense.
Vítor Pereira lembrou as notícias vindas a público, de que o negócio, a concretizar-se, englobaria outros centros de dados.
“Nós o que queremos é que as obrigações assumidas, na hipótese de isso vir a acontecer, se mantenham, que construam mais blocos e se criem mais postos de trabalho”, frisou o edil, sobre o “cubo”.
Em 15 de Dezembro a Bloomberg adiantou que a Altice está a equacionar a venda do centro de dados da Covilhã, no âmbito de uma operação global mais vasta para abater a dívida do grupo.
De acordo com a agência de notícias, que cita uma fonte próxima do processo, em causa poderá estar um encaixe de cerca de 200 milhões de euros com a venda do centro de armazenamento de dados localizado no antigo Aeródromo da Covilhã, inaugurado pela antiga Portugal Telecom em Setembro de 2013.
A informação avançada pela Bloomberg acrescentava estar em cima da mesa também a venda de mais de 90 centros de dados em França.