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Papel das mulheres nos têxteis covilhanenses destacado na UBI

“Retratar e destacar o papel socioeconómico das mulheres ex-operárias covilhanenses, que trabalharam e entregaram grande parte das suas vidas à expansão deste setor secundário, têxtil e industrial.” É este o propósito da turma finalista do Curso de Ciências da Cultura, da UBI, que apresenta na próxima quarta-feira, 4, pelas 11 horas e 30, na sala das dornas, no Museu de Lanifícios, o programa da IV edição da iniciativa “Elas ao Som da Fábrica”, que se realiza uma semana depois, ou seja, dia 11, entre as 10 e as 20 horas. “Este ano, o subtema que iremos abordar intitula-se de “Poesia do Movimento”, que, através de vertentes artísticas, culturais e históricas, espelhadas em palestras, teatro, performance, exposições, poemas, música, entre outros tipos de atividades culturais, pretendemos retratar e destacar o papel socioeconómico das mulheres ex-operárias covilhanenses” explica a organização em comunicado.

Este ano, algumas das palavras usadas na realização do evento são “trabalho”, “mulheres”, “intensidade” e “novidade”, e o mesmo contempla diversas acções, como peças de teatro, exposições, atuações de música, performances e conversas com o objetivo de destacar o papel das mulheres no sector têxtil.

Depois de dois anos em que o evento foi realizado online, face à pandemia, em 2023 regressa no formato presencial. Com diversas sugestões, como o teatro-fórum de Fátima Vale, o coletivo musical Colmeia, o filme Trama, de Luísa Soares, e a performanceA Luta que nos pariu”, de Benetto.

O Elas ao Som da Fábrica “surgiu em 2019 e tem sido organizado pelos estudantes finalistas da licenciatura em Ciências da Cultura, no âmbito da unidade curricular de Assessoria e Comunicação Cultural. A organização sublinha o “quão gratificante é ver que um projeto diferente como este está a ganhar cada vez mais destaque”, ao longo dos últimos anos. Os estudantes defendem que o evento está a contribuir para a “correta homenagem das mulheres operárias” e para o “destaque e prestígio do curso de Ciências da Cultura”, da UBI. O principal foco é “não deixar cair em esquecimento as histórias de vida que são comuns a toda uma geração de mulheres.”

 

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