A greve distrital de professores, no distrito de Castelo Branco, convocada por oito organizações (ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU), vai decorrer na próxima segunda-feira, 23.
Na capital de distrito, os docentes e educadores concentram-se em frente à Câmara, pelas 9 horas e 30, podendo alguns seguir em concentração para a Covilhã, onde a manifestação está agendada para as 11 horas, na Rotunda do Operário.
A greve nacional, iniciada na segunda-feira, e com “prazo” de 18 dias úteis, até 8 de Fevereiro, já passou por Lisboa, Aveiro, Beja, e Braga, estando prevista amanhã, sexta-feira, para o distrito de Bragança.
Depois de Castelo Branco, na próxima semana, o protesto avança para Coimbra, Évora, Faro, Guarda (sexta-feira, 27), Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e Porto, culminando no dia 11, em Lisboa, numa grande manifestação nacional de professores e educadores.
Em cada distrito, no dia da greve, as organizações que a convocam apelam aos professores e educadores em luta para que se concentrem às 11 horas numa das principais praças da cidade capital de distrito. “No local, será distribuída informação à população sobre as razões da luta dos professores, será pedida assinatura num postal de solidariedade com os professores em luta e serão divulgadas as primeiras informações sobre a adesão à greve no distrito” explica a FENPROF, em comunicado.
O Ministério da Educação já avançou propostas, como a de todos os professores poderem concorrer a uma escola em 2024, e depois só abrir vagas onde faltem docentes, interrompendo o processo de “deslocalizar professores que estavam felizes” num estabelecimento de ensino.
O ministro da Educação, João Costa, já disse que no concurso de 2024 “todos poderão concorrer a todos os lugares”, acrescentando que, depois, “à medida que surgem vagas nas escolas, as vagas abrem e as pessoas podem concorrer” se assim o desejarem. O Ministério também, já disse que todos os professores contratados com horário completo e 1.095 dias de trabalho deverão ser integrados nos quadros, anunciando que vai vincular mais de 10 mil docentes este ano.
O secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, considera que as propostas apresentadas pelo ministro são “poucochinho”, mas admitiu estar optimista quanto às negociações, sem afastar a possibilidade de recorrer à greve. “O que dissemos ao ministro da Educação é que isto ainda é bastante poucochinho, mas as negociações fizeram-se para ir avançando”, disse João Dias da Silva.