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Papa, mundo e cultura: os ingredientes para ir a Lisboa

São 367 os jovens da Diocese da Guarda inscritos para as Jornadas Mundiais da Juventude, que decorrem a partir da próxima terça-feira, 1. Do arciprestado Covilhã/Belmonte vão 80. Para ver o Papa, mas também sentir outras culturas, outros mundos, em comunidade

“É uma maneira de conhecer novas pessoas, arranjar novas amizades do mundo inteiro e encontrar-me mais com Deus”. É assim que Eduarda Mateus, 15 anos, vê a sua participação nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que se estendem desde a próxima terça-feira, 1, até domingo, 6.

A jovem revela que o convite da participação surgiu por parte das suas catequistas e que respondeu afirmativamente à proposta. “As nossas catequistas perguntaram-nos se gostaríamos de participar este ano. Como será em Lisboa, e porque o dinheiro também não se arranja em todo o lado, não teríamos tanta dificuldade em ir e achámos uma ótima ideia poder participar, já que será no nosso país”, confessa.

Para Eduarda é importante a presença do Papa Francisco nas JMJ. Afirma que é “como se fosse a imagem que Deus quer mostrar” e que “seria muito importante ouvir as palavras dele o que ele tem para dizer”.

O mesmo acontece com Rodrigo Sino. O jovem de 18 anos diz que ver o Papa em Portugal, mesmo de longe, “é uma coisa magnífica”. “Só de a gente sentir que ele está ali perto, é uma sensação que não se consegue explicar, e ainda não estamos lá… Quando o tempo vai começando a aproximar, há um nervoso miudinho, como é que vai ser”, admite.

A participação do jovem covilhanense surgiu por parte da capela onde costuma fazer voluntariado e que, prontamente, Rodrigo aceitou. “Aquilo depois meteu muita coisa e acabei por ir só eu, mas conheço outras pessoas”. O peregrino refere que há “um ‘grupinho jeitoso’ para ir”, sendo que do Comité Organizador Arciprestal (COA) Covilhã-Belmonte, estão 80 peregrinos inscritos, num total de 367 provenientes da Diocese da Guarda.

“Acho que vai ser uma experiência muito diferente. Também é a primeira vez que vou a Lisboa. Nunca lá fui, nem conheço nada daquilo. Só por isso já vai ser uma experiência incrível”, salienta.

São várias as atividades e momentos preparados para os peregrinos que se vão deslocar a Lisboa para o encontro e embora Rodrigo queira “aproveitar os momentos conforme forem surgindo”, o jovem diz que o ponto alto será a missa com o Papa Francisco. O jovem mostra-se também entusiasmado para a interação com as diferentes nacionalidades presentes. “Vai ser bom, como vem gente dos quatro cantos do mundo, vai ser ali uma mistura de culturas que é boa e enriquecedora para nós”, frisa.

Também a covilhanense Ana Simão, 27 anos, vai participar este ano nas JMJ. A jovem afirma sempre ter estado ligada à igreja, tendo sido catequista e ter tido uma educação católica, contudo nunca antes havia participado numas jornadas. “Agora achei que era uma oportunidade para participar e também o momento para estar mais conectada com Deus, rezar e estar em comunidade”, diz.

O “Papa do século XXI”

Para Ana, o poder estar na presença do Papa também é o momento mais aguardado, apesar de já o ter visto em 2017, por ocasião do centenário das aparições de Fátima. A jovem peregrina afirma não conseguir descrever o sentimento de poder ver o Papa ao vivo. “É estar a olhar, não para um santo ainda, talvez um dia venha a ser, mas é estar a olhar para aquele que é o máximo representante da igreja”.

Embora a jovem só tenha conhecido três Papas, considera que as “modernizações e mudanças” que o Papa Francisco tem tentado fazer, fazem dele o “Papa do século XXI”, e que essas tentativas são importantes para atrair mais jovens para a igreja.

Ana diz ainda não saber onde vai ficar alojada. “Acredito que vai ser uma espécie de acantonamento, vamos ficar em pavilhões, portanto vou levar o meu saco-cama, o meu equipamento e vou dormir nessas condições”, refere.

Carolina Rodrigues considera que a participação nas Jornadas é uma “oportunidade única” para estar com gente diferente, aprofundar a sua fé, conhecer gente nova e também para ver o Papa ao vivo.

“Eu tenho 20 anos e acho que é mesmo muito importante, nesta altura da vida, alinhar-nos e perceber o que é que eu sou e o que é que eu quero ser”, diz a jovem, afirmando que a fé tem um papel fundamental nesse aspeto.

A jovem escuteira revela ter ouvido falar das Jornadas e começou logo a pesquisar sobre o assunto. “Percebi que é um evento mesmo muito grande e que envolve muita gente e eu e a minha irmã juntamo-nos”.

(Texto completo na edição papel ou PDF)

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