A Infraestruturas de Portugal anunciou hoje que vai ser restabelecida na segunda-feira, 4, pelas 9 horas, a circulação na ER338 em Manteigas, na sequência da conclusão das obras para a implementação de uma solução “provisória, que permite a reabertura ao trânsito automóvel, ainda que de forma condicionada, mitigando os atuais constrangimentos para a mobilidade das populações.”
A empresa, no entanto, anuncia medidas adicionais de prevenção e segurança. “Será interdita a circulação para veículos pesados em todo o troço e para os restantes veículos, o trânsito processa-se de forma alternada, com auxilio de semaforização eletrónica, nos troços compreendidos entre os quilómetros 41,440 e 43,935, e 45,310 e 45,380” explica em comunicado.
A IP lembra que intervenção em causa concretiza a solução proposta pelo LNEC que, nas visitas de campo efetuadas, “identificou como zonas de maior perigosidade, os troços onde incidiram os trabalhos.” A empreitada consistiu na implementação de medidas de segurança numa faixa de proteção junto da encosta nos troços identificados, nomeadamente com a colocação de um separador, “para permitir a contenção das pedras de menor dimensão que possam deslizar sobre a via, complementado pela colocação de uma rede na parte superior do separador e de uma proteção adicional com sacos de areia de grandes dimensões.”
Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Flávio Massano, anunciara que a data prevista de reabertura da via seria amanhã, sexta-feira 1. Ou seja, a estrada reabre com três dias de atraso face ao previsto. “Não é a melhor notícia do mundo, mas é melhor que nada” afirmava Flávio Massano, que adiantava ainda que até 31 de dezembro de 2024 a estrada ficará condicionada com semáforos, de modo a se estabilizarem as encostas com barreiras, e que, no início de 2025, espera-se que a via abra na sua plenitude.
A Estrada Nacional 338, que liga Manteigas aos Piornos, encontra-se encerrada desde dezembro de 2022. O fecho da estrada tem dominado a ordem do dia em Manteigas, com empresários locais a lembrarem que “muita gente que foi afectada nos seus negócios após o fecho”.
Ao NC, a IP, em ofício, garantia que estava “empenhada” em articulação com a autarquia, GNR e baldios, com o apoio do LNEC, em definir “as medidas necessárias e fundamentais que permitam a reabertura, em segurança” da estrada e que a reabertura dependeria “da capacidade de proceder às intervenções e do tempo necessário à sua implementação”, desde que “garantidas que estejam as condições de segurança no mínimo equivalentes às que se verificavam antes dos incêndios”.
A IP lembra agora que a interdição à circulação automóvel na ER338, entre o km 39 e o km 43,790, “foi mais uma consequência do grande incêndio ocorrido no ano passado, que agravou significativamente o risco de queda de pedras de grande dimensão sobre a plataforma da ER338 entre Piornos e Manteigas, estando em preparação, em estreita articulação com o LNEC e demais entidades responsáveis pela área envolvente, uma solução de natureza definitiva.”