A Câmara Municipal da Guarda aprovou na passada segunda-feira a primeira revisão da Estratégia Local de Habitação que prevê a reabilitação de 74 imóveis para habitação social, num investimento de 22 milhões de euros (ME) até 2026.
O presidente da Câmara, Sérgio Costa, explicou no final da reunião do executivo municipal que a nova versão da Estratégia Local de Habitação (EHL) do concelho da Guarda resulta da “adaptação à nova realidade” do documento aprovado em 2021.
“Revisitámos todos os dados estatísticos após os censos de 2021 e introduzimos muito mais daquilo que estava previsto. E depois de termos feito uma auscultação a todas as juntas de freguesia, IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e até Diocese da Guarda”, explicou o autarca. “Foram identificados 74 imóveis, dos quais 36 são do município e 38 das juntas de freguesia e terceiro setor”, precisou Sérgio Costa à Lusa.
A grande maioria dos imóveis do município identificados localiza-se no Centro Histórico.
O presidente da Câmara adianta que o investimento previsto na EHL deverá permitir alojar cerca de 100 agregados familiares, num total de 400 pessoas. “É um desafio muito grande. Mas é muito importante podermos reabilitar estes imóveis dando um sinal claro da aposta também na habitação social. Agora terá de ir à Assembleia Municipal para que possamos fazer o caminho e que todas as entidades possam fazer as candidaturas necessárias”, sublinha o autarca.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda evidencia que a ELH “versa apenas sobre a habitação social, que será objeto de uma candidatura ao programa 1º Direito para ser apoiada pelo PPR 2026”. A revisão da ELH foi aprovada pelos três vereadores do PSD e mereceu a abstenção da vereadora do PS.
A autarca socialista, Adelaide Campos, manifestou dúvidas sobre os vários investimentos para a área da habitação no concelho e considerou o documento em discussão pouco esclarecedor. “Estamos num marasmo no que diz respeito à habitação e à reabilitação urbana que urgia corrigir e avançar”, concluiu a vereadora.
O vereador do PSD Carlos Chaves Monteiro considerou que o documento “é estrutural para definir os investimentos que vão ser feitos no concelho e aproveitamento dos fundos comunitários”.
*com Lusa