A plataforma Terra Batida apresenta entre a próxima quarta-feira, 18, e sábado, 21 de outubro, um conjunto de performances e conversas no concelho do Fundão, denominada “Pedra Pele Pulmão”, organizadas pela Associação Parasita e que “ensaiam a imaginação em torno de corpos sensores”.
O programa desta iniciativa resulta de uma residência artística realizada no concelho do Fundão no mês de maio de 2023, onde foram visitadas as escombreiras das Minas da Panasqueira, a luta contra a exploração do lítio na serra da Argemela e em Gonçalo (Guarda), a cultura do pinheiro e da cereja da Gardunha, mas também de práticas de regeneração e cuidado que atuam no território como medicinas sensíveis.
Segundo a autarquia fundanense, Terra Batida é uma plataforma que “mobiliza saberes e fazeres em torno da violência ecológica em diferentes contextos territoriais”, coordenada por Rita Natálio. Esta plataforma esteve no território do Fundão, onde encontrou e trocou “com contextos e pessoas em torno a conflitos florestais e também em relação à mineração” e onde organizou um programa de residência artística para que artistas, cientistas e ativistas.
Após a realização desta residência de pesquisa na região, será agora apresentado um programa público que conta com dois projetos construídos no contexto da residência: “Aeromancia de Alina Ruiz Folini”, dançado por Emily Silva e Bibi Dória, que “busca hackear os fluxos respiratórios que inalam a violência heteronormativa”; e “Conspirações”, de Teresa Castro, que “tateia o formato de conferência-performance, agregando – mas também alucinando – as narrativas ambientais da Beira Baixa que fomos coletando na residência”.
Além destas apresentações serão realizadas uma séria de atividades em diálogo com pessoas que participaram no processo de trabalho da Terra Batida no Fundão, de workshops a caminhadas.