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Vítor Pereira anuncia redução da fatura da água e impostos “mais baixos de sempre”

Na assembleia municipal comemorativa do 153.º aniversário da Covilhã cidade, na passada sexta-feira, 20, o autarca anunciou proposta para ajudar a baixar o valor da fatura da água e a continuação do IMI na taxa mínima

“Ainda este ano, conto apresentar uma proposta que permitirá baixar substancialmente a fatura da água aos munícipes”, anunciou o presidente da Câmara, Vítor Pereira, no discurso relativo às celebrações do 153.º aniversário da elevação da Covilhã a cidade, na sessão da assembleia municipal realizada na sexta-feira, 20, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Além de voltar a prometer baixar os encargos da população no pagamento da água, o autarca assegurou ainda aos presentes de que os impostos se irão manter baixos. “Posso, desde já, garantir-vos que no próximo ano, manteremos os impostos mais baixos de sempre”, afirmou. “O IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) continuará na taxa mínima e o apoio às famílias numerosas continuará no valor máximo permitido pela lei”, garantiu o edil.

Relativamente às empresas, Vítor Pereira informou que “a Derrama [Municipal] continuará na taxa mínima, para que os nossos empresários possam dispor de mais dinheiro para reinvestir os seus lucros na sua modernização, na capacitação das suas empresas e na melhoria das condições dos seus trabalhadores”.

O autarca relembrou algumas das medidas tomadas, como as melhorias feitas em várias escolas do concelho, no valor de sete milhões de euros, o investimento de mais de três milhões de euros na requalificação, manutenção e melhoria das condições das habitações sociais, a realização das marchas populares e a construção do Museu da Covilhã, entre outras.

Em dia de celebração, o presidente da Assembleia Municipal, João Casteleiro, refletiu sobre os desafios da atualidade. “O aumento da inflação, o custo de vida, o preço dos combustíveis, o valor das rendas, exigem de nós uma profunda reflexão e a tomada de consciência de que as Instituições têm de funcionar”, disse, considerando que “temos de saber estar atentos e agir”. Casteleiro agradeceu ainda aos que ajudam ao bom funcionamento do órgão que preside. “Uma palavra a todos os que têm ajudado a fazer da Assembleia Municipal a casa da democracia, um lugar de diálogo, de partilha, de respeito e de tolerância, onde a pluralidade é o seu expoente máximo”, vincou.

Taxas, água, emprego e fixação de pessoas apontadas pela oposição

Luís Rodrigues, deputado do PSD, apelou ao desenvolvimento do concelho, mas citou alguns problemas, como as alterações climáticas, que levam à exiguidade de armazenamento de água. “Com as alterações climáticas, a que todos assistimos, continuamos a não ter onde armazenar água, quando vem em abundância. Deve ser por este facto que o nosso concelho continua a cobrar aos seus munícipes as taxas mais elevadas da região e, quiçá, do país, inerentes ao consumo de água”, alertou o social-democrata.

Já António Freitas, do CDS, falou do orgulho de ser covilhanense, mas mencionou que também há “o outro lado da história, felizmente mais pequeno.” E que é resultado “do abandono, da perda de relevância, da perda de postos de trabalho, da angústia de ter de abandonar a nossa cidade porque não existem mais opções, para aqueles que tanto deram e dela mereciam mais oportunidades”, afirmou o representante do partido.

Pelo PCP, Mónica Ramôa chamou a atenção para a dificuldade de fixar pessoas mais jovens na cidade. “A Covilhã tem promovido o bem-estar e o desenvolvimento da sua população? Será que tem conseguido ser futuro para os que cá querem ficar? Tantos são os que estando cá, ou tendo vindo para cá estudar ou trabalhar, têm de ir construir futuros brilhantes noutros locais. A Covilhã continua a não conseguir que o futuro fique cá”, disse a deputada comunista, considerando que são “153 anos de muitas oportunidades perdidas”, em que “muitos caminhos ainda estão como há 150 anos atrás”.

Fernando Pinheiro, do movimento Covilhã Tem Força, contou que “há 50 anos atrás, a cidade confrontava-se com a perda do seu grupo de ativos, induzido pelo protecionismo industrial, em vigor na economia nacional”, que levou “ao despedimento de milhares de trabalhadores e ao desespero”, assim como à perda de um setor. E propôs uma reflexão: “O que andamos aqui a fazer pela continuidade da grande mudança iniciada em meados da década dos anos 80 e 90 do século passado?”.

“Aqui há futuro” diz o PS

Já Vânia Neves, em representação do PS, defendeu as melhorias realizadas na cidade. “Somos referência na cultura, requalificámos o Teatro Municipal da Covilhã, que foi um grande feito. Trazemos diversas áreas e artistas nacionais e internacionais, que tanto enriquecem os covilhanenses em todas as faixas etárias” lembrou.

A deputada socialista salientou também a importância da UBI para a cidade. “Os nossos alunos escolhem ficar em casa, ficar pela região que os viu nascer, para se formarem, para terem um curso para a sua formação. Temos alunos que se deslocam do conforto das suas casas para a nossa cidade, porque sabem que aqui há futuro, aqui há condições para se instalarem e viverem a sua vida académica, mas também o seu futuro no âmbito profissional”, garantiu Vânia Neves.

A deputada socialista terminou com um apelo: “Estamos a fazer o que é preciso ser feito para colocar a Covilhã na liderança do progresso e do desenvolvimento. Temos a maioria governativa, mas este caminho só é alcançável com a nossa união”.

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