O serviço pendular ferroviário entre a Covilhã e o Fundão, uma experiência-piloto com horários adaptados às necessidades de alunos e trabalhadores, prevê-se que entre em funcionamento no primeiro trimestre de 2024, informaram os presidentes dos dois municípios, Vítor Pereira e Paulo Fernandes.
O projeto-piloto foi anunciado em março deste ano e a intenção é melhorar os transportes entre as duas localidades, com horários mais ajustados ao público escolar e ao mercado de trabalho, aproveitando a circulação na Linha da Beira Baixa, numa automotora, nos intervalos dos comboios intercidades e regionais, a oferta atualmente existente.
Vítor Pereira, autarca da Covilhã, sublinha que não pode adiantar ainda uma data para a entrada em funcionamento do serviço por existirem muitas condicionantes e uma dificuldade acrescida, as obras na Linha da Beira Alta, que têm deixado a Linha da Beira Baixa “sobrecarregada com tráfego ferroviário”, o que vem “dificultar de alguma forma a vontade de querer efetivar a experiência-piloto”.
A intenção é avaliar a adesão à circulação entre a Covilhã e o Fundão, para perceber se faz sentido alargar esse serviço à Guarda e a Castelo Branco.
O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, adianta que estão a ser concluídos estudos e a serem preparadas algumas candidaturas para ajudar no financiamento do projeto que, espera, ajude a criar “novos padrões de transporte intermodal” entre as duas cidades, “onde ele pode ter maior relevância”.
O edil fundanense espera que “pelo menos este arco urbano da Beira Interior possa ter outro tipo de transporte ferroviário, começando aqui na Cova da Beira”.