Pedem melhorias salariais e melhores condições de trabalho. Na noite de quinta-feira, 18, os agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) juntaram-se em frente à Câmara Municipal da Covilhã, em vigília, para mostrarem o seu “descontentamento pelo grande desinvestimento que o Estado tem feito nas forças de segurança”, explica Leonel Silva, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).
“Estamos a reivindicar que seja dado um suplemento idêntico ao que o Governo atribuiu à Polícia Judiciária (PJ)”, explica o responsável que acrescenta que “depois arrastam-se outro tipo de problemas” que o setor tem vindo a sofrer.
Leonel Silva relembra que “a polícia também tem direitos, tem sindicatos, tem problemas ao nível de vencimento, tem problemas ao nível de material”. O dirigente recorda que, por exemplo, “as viaturas estão degradadas, assim como os materiais e as instalações.” E que também ao nível do fardamento dos profissionais, este “também não é o mais adequado”. Mas Leonel Silva vinca que “um dos principais problemas que está a tornar insuportável a vida de muitos polícias, é o facto dos seus vencimentos estarem completamente ultrapassados”.
“A situação está a chegar a um ponto de rotura e o descontentamento é tão grande que começa a ser difícil conter a vontade que o pessoal tem de o demonstrar”, alerta o dirigente do sindicato.
“Se não for resolvido com este Governo, vai ser um problema grave que se vai arrastar”, explica Leonel Silva. “O próximo Governo vai ter de resolver a situação, porque isto não pode continuar assim”, diz.
Numa noite em que a chuva se fez sentir, os agentes resguardaram-se nos arcos do edifício da Câmara Municipal. Leonel Silva acrescentou ainda que na quarta-feira, 24, os profissionais das forças de segurança dirigem-se a Lisboa, para a manifestação organizada pela plataforma de sindicatos e pretendem, também, marcar presença na manifestação agendada para dia 31 de janeiro, no Porto.