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Mataram Navalny

Ou melhor, Putin “matou” Navalny. Na verdade, há muito que o ditador russo tinha “colocado as mãos” no pescoço do seu opositor, ao ponto de o estrangular lentamente. Desta vez, preso numa das mais duras prisões da gelada Sibéria, perdeu o pouco ar que lhe restava. Foi-se de vez uma das vozes mais audíveis e incómodas da contestação ao regime tirano da Rússia. E este silêncio imposto e definitivo deve igualmente incomodar a comunidade internacional, sobretudo uma Europa amorfa que, de mãos atadas, parece continuar a demonstrar muito medo do governo russo. Navalny tinha 47 anos e cumpria uma pena de 19 anos, condenação imposta por motivações políticas. Versão oficial para a morte de Navalny; síndrome de morte súbita.

Em vida, começou a ser conhecido pelo combate à forma como o Partido Rússia Unida de Putin, conduzia a seu belo prazer os destinos do país, pagando favores e distribuindo riqueza a amigos do presidente russo. Em 2021, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos exigiu a sua libertação, alegando que Navalny corria perigo de vida. A Rússia rejeitou a deliberação. Navalny morreu na prisão.

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