O serviço municipal de Proteção Civil da Covilhã exterminou no ano passado 368 ninhos de vespa asiática, um aumento de 400% face ao ano anterior, quando foram eliminados 85, adiantou o coordenador, Luís Marques.
A informação foi divulgada no âmbito da apresentação da Estratégia Municipal de Combate à Vespa Velutina, dia 13, numa sessão onde foi promovida uma sessão de esclarecimento sobre a espécie invasora, que tem causado prejuízo aos apicultores, ao destruir as suas colónias de abelhas produtoras de mel.
Segundo Luís Marques, em 2023, em 95% dos casos reportados, os ninhos foram destruídos no prazo de 48 horas. Para este ano, o objetivo passa por continuar a dar uma resposta no mais curto tempo possível.
“Nós queremos garantir que conseguimos exterminar 80% dos ninhos até 24 horas após a sua comunicação e 100% dos ninhos até 48 horas após a sua comunicação”, sublinhou o coordenador municipal de Proteção Civil.
De acordo com o responsável, o município destacou uma equipa para fazer esse extermínio e “tem respondido a todas as solicitações”.
Luís Marques apelou para que a população não tente resolver o problema por meios próprios e peça ajuda profissional, para que não se corra o risco de a tarefa ficar incompleta e daí poder resultar o aparecimento de ninhos secundários.
“Apelo para que, sempre que seja detetado um ninho, se contacte a Proteção Civil municipal através de e-mail, dos números de telefone ou da plataforma Stop Vespa”, alertou.
Enquadrado na Estratégia Municipal de Combate à Vespa Velutina, a Câmara da Covilhã vai criar uma plataforma de monitorização deste tipo de vespa e instalar 30 armadilhas no concelho para georreferenciar a atividade da invasora e, a partir dos dados recolhidos, criar uma base de dados municipal, uma ferramenta para tornar o combate mais eficaz.
Essa plataforma vai permitir olhar para o mapa com os dados e perceber onde, que tipo de atuação tem de ser feita e eliminar o mais número de ninhos primários.
A vespa asiática tem provocado danos avultados aos apicultores, por ser predadora das abelhas do mel, o que levou a Câmara da Covilhã a distribuir, desde agosto do ano passado, 400 armadilhas a apicultores registados, cinco a cada, uma medida que vai continuar a ser implementada.
O coordenador da Proteção Civil menciona os especialistas, que indicam já não ser possível eliminar a vespa velutina, e frisou a importância de ter um plano que minimize a sua proliferação.