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“Nestas circunstâncias, não havia mais nenhum lugar onde pudesse estar”

Novo treinador do Sporting da Covilhã diz que convite foi “inesperado”, que tudo aconteceu “muito rápido”, mas que está no único sítio onde quereria estar, “por convicção”

“Nestas circunstâncias, não havia mais nenhum lugar onde pudesse estar, a não ser no Sporting da Covilhã”. Foi esta a garantia deixada no passado domingo, no final do jogo que ditou o empate com o Varzim, pelo novo treinador do Sporting Clube da Covilhã, Francisco Chaló, que na semana passada substituiu Alex Costa no comando da equipa. Nesta segunda passagem pelo clube serrano (Chaló treinou o clube entre 2012 e 2016, durante três épocas e meia), o novo timoneiro diz que encontrou um clube diferente, desde logo “porque falta uma pessoa”, o ex-presidente do clube, José Mendes, a quem prestou homenagem pública.

“Não havia mais nenhum clube do mundo que me obrigasse a vir, neste contexto, a não ser o Covilhã. Foi tudo muito rápido. Não vim com espírito de missão, mas com convicção” frisa o treinador, que ainda acredita que o clube consiga a promoção à II Liga. “No futebol, tudo é possível” afirma o técnico natural de Ermesinde, que disse ter prometido ao plantel que “caso consigamos a subida, desapareço do mapa. Nem entrevistas, nem nada, pois o mérito será deles” afirma.

Francisco Chaló reconhece que o convite para treinar a equipa, nesta Liga 3, foi “inesperado”, e que apesar da atual classificação não ser a melhor, nesta prova “há muitos resultados inesperados” pelo que tudo ainda está em aberto quanto aos objetivos do clube.

Na estreia, frente ao Varzim, Chaló gostou dos primeiros 22 minutos. “Entrámos fortes, de uma forma que gosto. Com muita qualidade. Depois, desperdiçámos a grande penalidade, apanhámo-nos a perder, mas voltámos de novo do intervalo muito fortes, com ocasiões muito claras de golo. Varzim foi mais eficaz” afirma, considerando ter perdido dois pontos apesar de “nada ter a apontar aos atletas”. Antes deste jogo, Chaló definira que queria fazer, nos três primeiros jogos, “um máximo de nove pontos e um mínimo de sete”, e que procurou na primeira semana de trabalho “transmitir confiança” ao grupo, sendo que com a paragem do campeonato, estas duas semanas serão de “muito trabalho, para ver o que podemos melhorar” numa equipa que teve, no último jogo, “uma atitude extraordinária”. “Nesta altura, o Covilhã é a equipa que está mais perto de vencer” garante o sucessor de Alex Costa.

Recorde-se que a direção do Sporting da Covilhã anunciara que Francisco Chaló, 60 anos, assinou até final da temporada, confiando o clube na sua “visão estratégica e experiência valiosa” que podem ser “essenciais para o desenvolvimento e sucesso da nossa equipa. Estamos confiantes de que a sua liderança e metodologia de trabalho irão elevar o nível competitivo do Sporting Clube da Covilhã.”

Francisco Chaló, em três épocas e meia no Sporting da Covilhã, sempre na II Liga, teve sempre bons desempenhos e em 2014/15, esteve mesmo à beira de levar os “leões da serra” até ao primeiro escalão do futebol nacional. Nessa temporada, o Tondela foi campeão, e consigo subiu também o União da Madeira, com os mesmos 80 pontos que Chaves e Covilhã, embora com vantagem nos confrontos diretos.

A equipa técnica serrana conta ainda com Luciano Victor, Leandro Grimi, Eduardo Maio e Alexandre Barata.

Varzim agradece “lanchinho” dado pelos serranos

A atravessar uma grave crise financeira, que deixou atletas e equipa técnica sem receber há já alguns meses, o Varzim, pela voz do seu treinador, o ex-internacional português Vítor Paneira, agradeceu no domingo, no final do jogo, ao Sporting da Covilhã o facto do clube serrano ter garantido a refeição de final do jogo aos atletas poveiros.

“Quero agradecer a forma como todos nos receberam aqui. O Sporting da Covilhã sabe receber, e agradecer por nos oferecer o lanchinho do final do jogo. São estas atitudes e gestos que diferenciam os clubes” disse o técnico varzinista.

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