“O nosso próximo desafio é levar a nossa prova para Espanha”. Foi esta a convicção deixada pelo presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB), na passada semana, na Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo, durante a apresentação da VI edição do Grande Prémio Internacional das Beiras e Serra da Estrela, organizada por esta entidade, e que vai para a estrada amanhã, sexta-feira, 3, num total de 520,4 quilómetros divididos por três etapas em linha, em três dias de competição.
Rui Ventura apelou à Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) para que seja um parceiro no sentido de “impulsionar a internacionalização do evento” que, segundo ele, custará um euro por cada habitante dos 16 municípios envolvidos. Ou seja, “justifica a sustentabilidade” do mesmo. Ventura garante que a ambição é de fazer “crescer” a corrida de modo a que se torne “uma das principais referências europeias”.
A competição irá contar com 133 corredores, divididos por 19 equipas de seis países diferentes, sendo as portuguesas as que estarão em maior número (12), embora venham também equipas de Espanha (3), Marrocos (1), Croácia (1), Roménia (1) e Filipinas (1).
O tiro de partida, amanhã, sexta-feira, 3, será dado em Trancoso, com a etapa inaugural a sair pelas 11:25, para uma viagem de 198 quilómetros. A mais longa de todas as tiradas terminará na Mêda, cerca das 16H06 e apresenta dois Prémios de Montanha de 3.ª categoria (em Almeida, aos 115,4 km e em Cidadelhe, aos 159,7 km) e duas metas volantes em Pinhel (88,2 km) e depois de Figueira de Castelo Rodrigo (143 km).
A segunda etapa terá lugar no sábado, 4, com saída em Belmonte, às 11H55, em direção ao Sabugal, e com chegada à meta cerca das 15H27, após 148,4 quilómetros de trajeto. Segundo a organização, este será o dia com “menos sobe e desce”, onde se regista apenas uma contagem de montanha de 3.ª categoria, em Alpedrinha (57,9 km). Também fazem parte do percurso duas metas volantes (Fundão – 46,4 km e Penamacor – 114,7 km).
As grandes decisões ficam reservadas para domingo, 5 de maio, com a terceira etapa, que será “a última e a mais dura das três”. A partida será de Manteigas, às 10H55, para um percurso de 171 km que tem a Covilhã como destino, com a chegada às 14H58. “No dia em que será conhecido o vencedor do VI Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, o pelotão internacional vai enfrentar um percurso muito exigente, sobretudo na fase inicial da viagem, com um prémio de montanha de segunda categoria nas Penhas da Saúde (13,1 km), ao qual vai seguir-se uma escalada até à montanha mais alta de Portugal, com uma contagem de montanha de primeira categoria na Torre (20,5 km), em plena Serra da Estrela” explica a organização, em comunicado. Passadas as grandes dificuldades do dia, os corredores terão mais duas metas volantes: em Seia (50,4 km) e Gouveia (66,2 km).
Carlos Pereira, diretor da prova, diz que este evento “único” é já uma “marca mundial”, sendo a última etapa, da Torre, “a das decisões”, num território “belíssimo” e numa região com “muito potencial para a modalidade”.
Delmino Pereira, presidente da FPC, garante que este grande prémio “é já uma prova de referência mundial” e que a Federação “continuará a apostar no seu futuro, para que cresça”.
Já Carlos Condesso, presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, partilha da opinião da AMCB, enquanto organizadora. “Este é um excelente veículo de promoção do território e património dos 16 municípios”.
Rui Ventura, presidente da AMCB, já dissera esperar “um grande espetáculo de ciclismo”, prevendo um impacto económico “muito forte na região”, suportado por uma equipa com mais de “meio milhar de pessoas, nove mil refeições, três mil dormidas diretas, o que significa que estamos empenhados em fazer de 2024 um ano marcante na história da prova que homenageia o território das Beiras e Serra da Estrela”.