Os consumidores da Erada, Unhais da Serra e Cortes do Meio, que têm sistemas de distribuição de água próprios, e que terão de passar, por obrigação legal, para a Águas da Covilhã (ADC), não vão pagar a água a um preço mais baixo, como atualmente acontece, esclareceu o presidente do município, Vítor Pereira, durante a reunião pública do executivo de dia 16.
“É uma exigência legal. A Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) está atenta. Uma coisa são as compensações às juntas de freguesia, outra as compensações ao cidadão. Eles não podem pagar a água a um preço diferente dos outros. É o princípio de igualdade”, vincou o presidente da Câmara da Covilhã.
O assunto foi introduzido pelo vereador da coligação CDS/PSD/IL Pedro Farromba, que sugeriu a criação de uma comissão que faça o acompanhamento do processo de transição e que integre técnicos da ADC, da autarquia e membros das respetivas assembleias de freguesia.
O eleito da oposição salientou que os elementos da coligação têm percebido que as populações não estão devidamente informadas e frisou que terá de existir uma compensação para as freguesias pelo investimento feito nos sistemas a transferir para a ADC, “porque há casos em que há perdas enormes”.
Pedro Farromba considera que a essa comissão caberia fazer, nomeadamente, essa avaliação e ajudar a esclarecer os cidadãos o que é que essa alteração “vai implicar na vida das pessoas”.
Vítor Pereira informou que esse trabalho vai ser feito pelo próprio executivo e pelos presidentes de junta. “Neste momento estamos na fase de avaliação”, referiu. O edil acrescentou que já foi alertado que vai ter de existir um “investimento muito significativo nas infraestruturas”, algumas “muito deterioradas”, como é o caso de Unhais, exemplificou.
“Está a ser feito o levantamento das infraestruturas e só depois se iniciam conversas com as juntas”, transmitiu o presidente do município.