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Quem vai liderar a APAL?

Primeiro nome indicado para liderar a APAL- Águas Públicas em Altitude, caiu. Depois, autarcas da Guarda, Celorico, Manteigas e Sabugal optaram pela rotatividade, mas no executivo egitaniense, o nome de Sérgio Costa também foi recusado pela oposição

Sem consenso. A liderança do Conselho de Administração da APAL- Águas Públicas em Altitude, que une as autarquias da Guarda, Sabugal, Manteigas e Celorico da Beira num sistema intermunicipal para gestão da água, saneamento e resíduos naqueles quatro concelhos, caiu num impasse depois de duas propostas terem sido chumbadas.

Inicialmente, os quatro autarcas tinham proposto o nome de António Fernandes, presidente da Junta de Freguesia da Arrifana (Guarda), para liderar o órgão, mas a sugestão reuniu algumas críticas e o mesmo pediu para ser afastado do processo, como revelou na última reunião pública do executivo de Manteigas, Flávio Massano. “A administração, que era provisória, foi no primeiro mês feita pelos presidentes de câmara. Houve algum celeuma, político, e a pessoa que estava para ser nomeada, não se quis ver envolvida em guerras partidárias, e recusou convite” explica o autarca.

Entretanto, os quatro autarcas anunciaram, em conferência de imprensa, que o cargo passaria a ser assumido, de forma rotativa, pelos próprios, permitindo que “cada um acompanhe a integração do seu município” explicou Sérgio Costa, presidente da Câmara da Guarda. A composição do Conselho de Administração da APAL, que iniciou operações a 1 de junho, seria completada por Renato Craveiro e Susana Figueiredo, sendo que Sérgio Costa seria o primeiro a assumir a presidência. O autarca assinalava que quando os quatro concelhos “estiverem perfeitamente integrados” os autarcas deveriam decidir qual será a nova solução a adotar para a presidência da APAL.

Porém, na reunião do executivo guardense, os vereadores da oposição, PSD e PS, votaram contra a proposta de rotatividade, pois não querem Sérgio Costa na liderança, pois dizem que o cargo ocupará tempo a mais ao presidente da Câmara. “É uma função que tem que ser exercida em exclusividade. Era uma má aposta para a Guarda se isso viesse a acontecer porque é um trabalho que lhe vai ocupar muito tempo”, justificou à Rádio Altitude a vereadora socialista, Adelaide Campos. Já Carlos Chaves Monteiro (PSD) também apontou o mesmo argumento e sugeriu que Renato Craveiro, natural de Manteigas e quadro na EPAL, assumisse a presidência.

Sérgio Costa suspendeu a reunião, consultou os restantes autarcas, que recusaram mudar, sendo a proposta de rotatividade chumbada pelo executivo guardense.  O edil lamenta a situação, acusa oposição de votar sempre “contra tudo e todos”, e recorda que nos 19 anos de Serviços Municipalizados da Guarda, quem presidiu sempre ao Conselho de Administração foram presidentes de câmara.

A APAL será, para já, liderada pelos restantes três autarcas, mas todos eles lembraram, na passada semana, a urgência em definir um rumo, pois este é “um projeto estruturante” para os quatro concelhos, que pode permitir “poupar milhões em perdas” segundo o autarca de Manteigas, Flávio Massano.

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