Foi em Isola 2000 que o triunfo de Pogacar ficou definitivamente selado, em que o rival Vingegaard caiu em si na derrota, mas de certo modo era uma questão de tempo, já que voltando com a “pedaleira” atrás, cedo se percebeu que o ciclista esloveno dificilmente não ganharia a corrida. Pogacar quer ganhar tudo. Isso aconteceu a partir da quarta etapa, o que é bem demonstrativo da forma física, da superioridade, e da confiança do “chefe-de-fila” da Emirates, que soube aliar a performance individual, a uma exemplar leitura da corrida, e a um inequívoco suporte dos companheiros, com destaque para João Almeida, que mesmo trabalhando muito para o seu líder, alcançou a quarta posição na geral final, um dos melhores resultados das presenças de Portugal no Tour.
Almeida é hoje uma referência no pelotão internacional, e uma promessa de melhores resultados nas três principais voltas do calendário europeu. Em Setembro estará na Vuelta, revelando-se como uma aposta segura da sua equipa. Quanto ao Tour do próximo ano, aguardam-se novos capítulos do ambicioso duelo entre Pogacar, que fará 26 anos em Setembro e Vingegaard, 28 em Dezembro. Quando venceu o seu quinto Tour, o único a fazê-lo de forma consecutiva, Miguel Indurain tinha 31 anos.