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Ana Louro assume cargo de vereadora…durante um mês

André Reis pede suspensão de mandato até 31 de agosto na Câmara de Belmonte

Levantaram sempre grande celeuma, ao longo deste mandato, as inúmeras faltas justificadas do vereador eleito pelo PSD (que depois passou a independente), André Reis, às reuniões do executivo. Na passada quinta-feira, 25, na reunião pública do órgão, os vereadores presentes (Paulo Borralhinho, Carlos Afonso e José Mariano) aprovaram o pedido de suspensão, durante dois meses, de André Reis, do mandato que cumpria, mas que na prática se transforma apenas num mês de ausência. Tudo isto porque o pedido já data de 1 de julho e vai até 31 de agosto, o que quer dizer que quem o substitui, neste caso, Ana Louro (terceira na lista dos sociais-democratas à Câmara), apenas estará um mês no seio do executivo.

“Vou assumir, claro. Não sei é se se poderá esperar grande coisa, já que é só durante um mês. São duas reuniões. Não acredito que dê tempo para muita coisa. Uma substituição de um mês não é algo muito duradouro. Mas vamos esperar que, pelo menos, haja entendimento, trabalho em conjunto, em prol do bem do concelho” disse ao NC Ana Louro.

O vice-presidente da autarquia, Paulo Borralhinho, que presidiu à reunião (Dias Rocha estava de férias), esclarece que apesar do pedido datar de 1 de julho, o executivo só recebeu o mail, a informar dessa intenção, já depois da primeira reunião privada do órgão, no início do mês. “Os motivos que alude é indisponibilidade, por motivos profissionais” afirma.

Durante a aprovação da suspensão de mandato do vereador independente, Carlos Afonso, vereador da CDU, elogiou o surgimento de “algum pouco bom senso” em André Reis. Afonso, que tem sido sempre crítico das ausências de Reis, apesar de elogiar esta suspensão, acredita que haveria outra atitude a tomar por parte do vereador. “Não era a suspensão até 31 de agosto, mas era sair daqui de vez. Não faz parte deste executivo e anda a gozar connosco. Espero que o bom senso reine depois e peça a demissão” disse.

José Mariano, vereador do PSD, também questionou o timing e a duração da suspensão. “Eu sobre isso até já me enoja estar a falar. Desde janeiro que andamos a falar nisto e agora, só por um mês? Estaremos atentos a esta situação” disse.

Já em maio, durante uma reunião pública do executivo, o vereador da CDU pediu mesmo a demissão de André Reis do cargo que ocupa.  Segundo Carlos Afonso, nessa altura Reis já teria faltado a mais de 50 por cento das reuniões e não justificava o voto que o povo lhe deu. “Acho que o comportamento está a passar dos limites, porque, sendo um homem que quase ganhou a presidência da câmara, não está minimamente a justificar o voto que o povo lhe deu. As faltas às reuniões de câmara são constantes”, frisava Carlos Afonso. Avisando que não voltaria a dar aval favorável às justificações apresentadas, a não ser que André Reis apresentasse atestado médico. “Foi eleito, tem as suas responsabilidades. Foi eleito por uma força política, tornou-se independente, mas tornou-se até independente do concelho onde recebeu um voto expressivo do eleitorado. Na minha ótica, não está a honrar esse compromisso. De uma vez por todas, se não pode vir, o seu caminho é pedir a demissão. É o mínimo que pode fazer” dizia Carlos Afonso.

André Reis, na altura, dizia estar de “consciência tranquila” e que todas as suas faltas eram justificadas.

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