Em termos musicais é o nome mais sonante de uma feira que tem por objetivo cruzar as artes, o artesanato, com o design e a inovação. Buba Espinho, cantor natural de Beja, que cruza também o cante alentejano com outras sonoridades, atua no próximo dia 7 de setembro no Jardim das Artes, na Covilhã, no âmbito da terceira edição da Feira Internacional de Artesanato, Design e outras Artes (FIADA), promovida pela Câmara da Covilhã.
O cantor, que tem estado em evidência no panorama musical nacional, atua pelas 22:30, num concerto de entrada livre, tal como todos os outros, entre os dias 5 e 8 de setembro, no mesmo palco, à mesma hora. Dia 5, são os Manta D’Ourelos, do concelho da Covilhã, que animam a festa, no dia 6, o cantor covilhanense João Gonçalves, e no dia 8, é Diana Lima, jovem cantora que se deu a conhecer no The Voice, quem fecha os concertos.
Segundo a vereadora com o pelouro da cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, a FIADA tem como principal objetivo a “divulgação e preservação do artesanato, colocando o design e a inovação na sua conceção”, além de promover comercialização de peças. A autarquia abriu concurso para a presença de 40 expositores de todo o país, que foram selecionados de um total de 130 candidaturas. Além destes, estarão mais dois em representação de cidades criativas do artesanato. Haverá ainda stands institucionais para entidades como a UBI, IEFP, New Hand Lab, entre outros. Castanheira de Pêra, presente desde a primeira edição, volta a marcar presença na Covilhã como cidade convidada.
Ao longo de quatro dias, haverá oportunidade para ver exposições, participar em oficinas, quer de seniores, quer para crianças, tocando em temas como o têxtil, a olaria, o xisto, o adufe, entre outros.
A presença internacional será assegurada pelos municípios espanhóis de Cáceres e Badajoz, que integram o projeto RESOTEX, no qual a Covilhã está envolvida, de três milhões de euros para o desenvolvimento económico e sustentável do sector têxtil.
Durante a FIADA, será atribuído, por um júri composto por dois designers, e quatro entidades (Câmara, Icovi e AECBP, que se associam ao certame, além do IEFP), o prémio para a melhor peça de artesanato “ancorada” à identidade do território, e um novo prémio, criado este ano, para a melhor peça de artesanato a inovar pelo design.
“A FIADA não é uma feira, mas sim um projeto integrado e transversal” salienta Regina Gouveia.
Para Nuno Pedro, da ICOVI, esta é uma feira que se tem vindo “a recriar”. E “é importante que não cristalize no tempo” frisa. Já para João Marques, presidente da Associação Empresarial de Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP), este é um projeto “multidimensional, que se integra” e que é uma oportunidade “de mostrar o artesanato e potencialidades locais”.
A FIADA tem um orçamento de cerca de 60 mil euros e passará por locais como a Biblioteca Municipal, e, em especial, o Jardim das Artes.
foto: Fábio Teixeira