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A queda silenciosa do socialismo

Jorge Simões

Eleito da coligação CDS/PSD/IL

 

No crepúsculo de uma era, o socialismo, outrora um farol de esperança e igualdade, parece estar a desvanecer-se nas sombras da história. As promessas de um futuro radiante, onde a justiça social e a prosperidade colectiva reinariam, enfrentam agora a dura realidade de um mundo em constante mudança. Os ideais que alimentaram revoluções e inspiraram gerações parecem ter perdido o seu brilho. A burocracia, que deveria ser o motor da igualdade, transformou-se num labirinto de ineficiência e corrupção. A centralização do poder, que prometia uma distribuição justa e uma equitativa partilha dos recursos, revelou-se infrutífera.

No entanto, nas cinzas deste colapso, ainda há quem acredite na essência do socialismo.

Os países socialistas que existem no mundo, são apenas: China, Rússia, Cuba, Laos, Vietname, Coreia do Norte e Venezuela; estamos perante regimes autocráticos e ditatoriais, poder absoluto e inquestionável, é esse o socialismo que vigora nestes países. Aparentemente levar-nos-ia a pensar ser um regime político dominante (como nos anos 70); concluímos, que não passa de uma efémera minoria à escala mundial. Na Europa, não há governos que se autodeclarem explicitamente socialistas; Os governos que se identificam como socialistas na Europa seguem a linha da social-democracia, combinando princípios socialistas com práticas democráticas e de mercado.

Portugal é a única democracia de um país desenvolvido que tem a palavra socialismo na sua constituição, auto classificando-se como socialista.

A ideia de que o socialismo está a entrar em falência como regime político pode ser analisada a partir de vários ângulos, vejamos alguns pontos pragmáticos e que justificam a falência do socialismo. Em relação ao Desempenho Económico, países que adotaram o socialismo enfrentaram dificuldades econômicas significativas. A União Soviética, por exemplo, colapsou devido à incapacidade de competir com economias de mercado mais flexíveis. Portugal pediu ajuda ao FMI em 3 ocasiões: 1977, 1983 e 2011 sempre com o PS. Países como Israel, Índia e Reino Unido que experimentaram políticas socialistas perceberam que a intervenção estatal excessiva na economia não produzia os resultados desejados em termos de crescimento e desenvolvimento. Na Liberdade Individual e Direitos Humanos, os regimes socialistas priorizam o controlo estatal sobre a liberdade individual, levando a violações dos direitos humanos e à repressão política. Falta de liberdade de expressão e de imprensa é uma característica comum em muitos desses regimes. Na Eficiência na Alocação de Recursos o socialismo centraliza a tomada de decisões económicas, levando a uma alocação ineficiente de recursos. A burocracia e a falta de competição resultam em desperdício e ineficiência. Na Qualidade de Vida, as políticas têm como objetivo a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, no entanto, nos regimes socialistas, a qualidade de vida não melhorou conforme esperado; Serviços de saúde inadequados, problemas como educação, justiça e baixa qualidade de vida são frequentes e sintomáticos, razões pelas quais o socialismo, como regime político, enfrenta críticas e desafios significativos. A percepção de que não consegue cumprir seus objetivos de melhorar o nível e a qualidade de vida dos cidadãos é sustentada por exemplos históricos e pela análise das suas práticas e resultados. E assim, enquanto o crepúsculo envolve o antigo regime, uma nova aurora desponta no horizonte. Uma esperança de que, com reflexão e renovação, os valores de igualdade e justiça possam renascer, adaptados às realidades do século XXI.

 

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