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Pré-escolar do Carvalhal Formoso continua com destino traçado

Estava referenciado para fechar este ano. Autarquia, a pedido dos pais, manteve o pré-escolar aberto na aldeia, pagando à educadora. Crianças passaram a ser dez, em vez de quatro, mas no próximo ano lectivo encerramento é certo

“Para o ano vai ser encerrado”. A garantia deixada na última assembleia municipal pelo presidente da Câmara de Belmonte, António Dias Rocha, sobre o ensino pré-escolar na aldeia de Carvalhal Formoso, anexa da freguesia das Inguias.

A escola esteve referenciada pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolar (DGESTE) para encerrar no final do ano lectivo passado, uma vez que tinha apenas quatro crianças, mas depois dos pais irem à Câmara pedir a manutenção do ensino na aldeia por mais um ano, a autarquia assumiu os encargos com a educadora de infância que para ali foi trabalhar, numa parceria com a Santa Casa da Misericórdia. E a escola até ganhou mais crianças, ficando com um total de dez. Uma situação que, contudo, não impede que o destino do espaço escolar não esteja traçado.

“Tínhamos que assumir as nossas responsabilidades. E assumimos. Estabelecemos parceria com a Santra Casa, que nos cedeu uma técnica, e ela até conseguiu mais seis crianças para lá. Havia o compromisso deste ano lectivo, e está assumido. O ministério paga zero” explica António Dias Rocha.

Recorde-se que ainda antes do ano lectivo passado terminar, os pais das quatro crianças que ali estavam pediram à autarquia, tal como o presidente de Junta, que a escola se mantivesse de portas abertas mais um ano, uma vez que em 2025 as crianças já irão transitar para o 1º ciclo, ou seja, para estabelecimentos de ensino em Belmonte ou Caria. O presidente da Junta de Freguesia de Inguias, Luís Adolfo, garantia que a escola do Carvalhal tinha “todas as condições”. E apontava aos sucessivos “ministros da educação, governos ou até câmaras que por aqui passaram, porque nunca fizeram lá obras”, o destino da escola. “Se as tivessem feito, os pais iam lá e deixavam lá as crianças” afirmava, admitindo que depois deste ano possa já não haver crianças para frequentar aquela sala.

António Dias Rocha prometeu então expor a situação ao Ministério da Educação e se não houvesse resposta favorável aos anseios da população, a própria autarquia poderia assumir um educador “para estar com as quatro crianças”. O autarca relembrava que a contratação de um educador poderia não ser uma solução “legal”, mas garantia que a autarquia “envidará todos os esforços para que a situação seja resolvida”. “Deixo uma garantia: vamos escrever ao ministério. Se não resolver, a Câmara assume arranjar uma educadora. Mesmo que o ministério não pague, arranjar-se-á uma solução” disse Dias Rocha.

Também o pré-escolar no Colmeal da Torre estava ameaçado, mas aí acabou mesmo por encerrar.

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