O vereador do PS no executivo da Câmara de Manteigas, Tomé Branco, garantiu na última reunião pública do órgão, no passado dia 7, que o partido que representa está “disponível” para negociar com quem governa o município o orçamento camarário para o próximo ano (2025), mas “mediante algumas condições”, que passam pela abertura de concursos públicos ou adjudicação de algumas obras que os socialistas querem ver no terreno.
“Sabemos que o orçamento é um plano de intenções para a governação do ano seguinte, uma linha orientadora” disse Tomé Branco, que aludindo às “baixas taxas de execução” dos últimos três anos, considera que o PS só se pronunciará favoravelmente ao próximo documento caso estejam contempladas algumas obras. Entre elas, a primeira fase do Parque Urbano de Sameiro, a área de serviço de autocaravanas de Vale de Amoreira, a requalificação da antiga escola primária de Sameiro, a transformação da antiga tipografia de Manteigas em habitação, a muralha da entrada da vila, a campanha de promoção publicitária para cativar novos residentes em Manteigas e os acordos de delegação de competências com as quatro juntas de freguesia do concelho.
O presidente da autarquia, Flávio Massano, mostrou abertura para discutir com os vereadores da oposição o documento do próximo ano, no qual constarão já “muitas coisas em execução” e outras “que não se conseguiram ainda”. O autarca disse que “grande parte dos projetos” a que o PS se refere já foram “alimentados neste tempo” pelo que o orçamento de 2025 “não precisará de grande inovação”.
O presidente da Câmara disse que a primeira fase do Parque Urbano de Sameiro já estava em adjudicação, que a área de autocaravanas ainda carecia da pronúncia da junta, a quem foi pedida opinião, que a antiga escola de Sameiro estava na fase de proposta para consulta prévia, que as obras da tipografia e antiga GNR são para lançar ainda este ano, sendo a questão da muralha uma matéria em que ainda se procuram soluções e que a campanha para atrair até mais 100 residentes em Manteigas não está ainda feita porque dependia de um vídeo promocional ainda a realizar. Quanto aos acordos de delegação de competências com as juntas, “vamos ainda reunir, mostrar o caderno de encargos. É importante definir e ter os valores associados. Vamos ver o que os senhores presidentes de junta querem ou não” disse Massano. “Vamos tentar negociar um envelope financeiro que as deixe confortáveis” garante.
“Estamos a 80 por cento da capacidade de cumprir todas as exigências do PS” assegura o autarca serrano, garantindo que o que quer é que “façamos e cumpramos o máximo que conseguirmos”.