A população de Vale Formoso e Aldeia de Souto, duas aldeias do concelho da Covilhã, com cerca de 600 habitantes (dos quais, mais de 400 idosos) “não pode continuar a ter médico uma vez por mês”. É este o teor de um abaixo assinado enviado na passada semana ao Ministério da Saúde, Unidade Local de Saúde (ULS) da Cova da Beira, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) e Unidade de Cuidados de Saúde Primários do Teixoso.
Os subscritores exigem “mais e melhores cuidados de saúde” naquela União de Freguesias, pedindo que sejam assegurados os cuidados de saúde primários três dias por semana, no período da manhã, em Vale Formoso, “como acontecia anteriormente”, e que Aldeia de Souto também tenha consultas semanais.
O promotor e primeiro signatário do documento, Carlos Fernandes, que foi, nas últimas autárquicas, o candidato da CDU à União de Freguesias, lembra a escassez de consultas em Vale Formoso e a gravidade de Aldeia de Souto nem ter médico de família. E recorda que se trata de uma população com “baixas pensões”, “sem transportes públicos e sem dinheiros para táxi”, que tem o “direito de ter serviços de saúde primários na sua localidade, na proximidade da sua residência”.
No documento é ainda criticada a atual União de Freguesias que, “em vez de exigir o serviço e defender o direito da população à saúde, informa o Ministério da Saúde que as pessoas podem ir ao Teixoso e até a Belmonte”, apontando que esta posição “consta na resposta dada pelo Ministério da Saúde ao requerimento apresentado pelos deputados do PCP na Assembleia da República”. Os subscritores “exortam as estruturas locais de saúde a cumprirem com a sua missão de assegurar os cuidados de saúde primários às duas populações e exigem o cumprimento do horário previsto para o polo de Vale Formoso e o atendimento em Aldeia de Souto”.
