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Estragar em casa o que de bom se fez fora

Sporting da Covilhã perde com 1º de Dezembro e quase diz adeus à fase de subida

Matematicamente, não é impossível. Porém, só com vitórias e conjugação de resultados favoráveis é que o Sporting da Covilhã estará na fase de subida à II Liga. Os serranos, no domingo, em casa, num jogo à porta fechada (castigo à utilização irregular de um atleta), estragaram o que de bom tinham feito na semana anterior nas Caldas da Rainha (vitória) e foram derrotados por 0-3 pelo 1º de Dezembro, de Sintra. E agora, já olham para o quarto lugar (o último que dá acesso à fase de disputa de subida) quase como uma miragem (Belenenses está a sete pontos). Não ganhando amanhã, sexta-feira, 13, no Restelo (jogo é às 20:30), restará à equipa covilhanense lutar para não descer ao Campeonato de Portugal.

No domingo, o Covilhã até entrou melhor e aos 5 minutos, Paulinho, após cruzamento da esquerda, sozinho na pequena área, com a baliza à mercê, não foi capaz de fazer golo. Os serranos dominavam, iam ameaçando, mas quem marcou foi o 1º de Dezembro. Tentativa do guardião Rafa em sair a jogar com Filipe Garcia, mas este a deixar escapar a bola pela linha lateral. Lançamento para os forasteiros, bola na área, segura por um avançado, assistência para fora da área e um remate bem colocado de Diogo Paulo a dar um 0-1 para os forasteiros. Simples. Sem fazer muito por isso, a equipa sintrense estava na frente.

Os serranos responderam, mas voltaram a falhar. Redondamente. É que aos 27 minutos tiveram uma grande penalidade a favor, mas Diogo Ramalho, que tem sido dos melhores esta época, atirou ao poste. Até final da primeira parte, o Covilhã ainda criou mais chances, sobretudo por Paulinho, que ainda enviou uma bola a beijar a barra da baliza contrária, mas o resultado não se alterou.

No segundo tempo, esperava-se mais da equipa de Chaló. Mas o que veio, foi menos. Muito menos. Logo aos 51 minutos, os leões da serra sofreram o segundo golo. Mais uma vez, do nada. Canto na esquerda do ataque sintrense, bola ao segundo poste e, facilmente, Tiago Simões, ao segundo poste, a encostar. Um tento que abanou os serranos, que nunca mais se encontraram, e que, para piorar as coisas, viram o adversário marcar o terceiro cinco minutos depois. E mais uma vez, do nada. Com apenas dois toques. Reposição do guarda-redes Guilherme Oliveira para o meio-campo contrário, o muito vento que se fez sentir a fazer das suas frente a uma desconcentrada defesa covilhanense e, com isso, Rui Batalha a ficar isolado na cara de Rafa, e a desviar para o fundo das redes. Estava consumada a derrota.

É verdade que os serranos nunca deixaram de lutar, mas sempre de forma pouco lúcida e esclarecida, mais com o coração do que com a cabeça. E com isso, as oportunidades de golo foram escassas. Dois remates de longe, muito ao lado da baliza contrária, e a melhor chance já em cima dos 90, quando após um remate fora da área, Guilherme Oliveira defendeu para a frente, e deixou a bola nos pés de Paulinho que, na pequena área, rematou…ao lado.

No final, o técnico serrano, Francisco Chaló, não atirou a toalha ao chão, mas classificou o jogo da próxima sexta-feira, no Restelo, como o “limite” para o Covilhã ainda sonhar com algo mais que não seja assegurar a manutenção da Liga 3.  O treinador disse que ao intervalo, face às oportunidades criadas, o resultado era injusto, mas admitiu que no segundo tempo, após o segundo golo dos forasteiros, a equipa não se voltou a encontrar.

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