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Obras da Nacional 338 adjudicadas

O executivo da Câmara de Manteigas aprovou na semana passada, por unanimidade, a adjudicação da empreitada de execução de barreiras dinâmicas na Estrada Nacional 338, que liga Manteigas aos Piornos, pelo valor de três milhões e 300 mil euros (mais IVA).

Segundo o autarca local, Flávio Massano, quatro empresas mostraram interesse na obra, mas apenas duas apresentaram propostas formais, tendo uma dela sido escolhida pelo júri. A empreitada será financiada em 90 por cento pela autarquia e os restantes dez por cento pela Infraestruturas de Portugal (IP). “É um passo importante para reabrirmos finalmente a estrada. Temos pouco tempo para executar a obra, mas tem que ser mesmo, senão perdemos o financiamento” alertou o autarca. O prazo de execução é de 120 dias. Ou seja, o objetivo é que a via reabra integralmente, nos dois sentidos, em junho.

A intervenção, como já explicara o autarca, terá sobretudo foco nas encostas para evitar a queda de pedras de grande dimensão, que durante nove meses impediu o trânsito naquela via, que hoje se processa de forma alternada, com recurso a semáforos. “Vamos trabalhar é nas encostas. A estrada está transitável. O que não permitia o trânsito era o desprendimento de pedras. Foi isso que o estudo do LNEC fez, identificar os troços para intervencionar. A intervenção não é na estrada. Claro que todos gostaríamos de ter uma estrada para o futuro, mas não vai haver alargamentos ou melhorias. É colocar barreiras de contenção, redes dinâmicas. Não é colocar novo alcatrão” esclareceu o autarca há meses atrás aos deputados municipais. O autarca disse na altura que ainda que não sabia se a intervenção obrigaria ao fecho da estrada durante alguns meses.

Na sua página pessoal na rede social Facebook, Flávio Massano recorda que o fecho da via prejudicou Manteigas, que não cabia à autarquia resolver o problema, mas que esta se substitui ao Estado nessa função, num caminho que não foi fácil, mas em que o município assegurou financiamento. “Sobrevivemos a um isolamento de 9 meses sem circulação na estrada e a mais 12 meses de estrada com circulação alternada. Conseguimos. Em Manteigas somos resilientes, não viramos a cara às adversidades e a prova é a adjudicação” frisa o autarca.  “Falar de execução é falar de fazermos o que nos compete e termos de fazer também o que não nos competia de todo” adianta ainda.

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