A comunidade escolar esteve reunida durante dois dias, 12 e 13, no Teatro Municipal da Covilhã, para mostrar o que de melhor se faz nos estabelecimentos de ensino do concelho, debater as fragilidades, caminhos alternativos e desafios na área.
No I Encontro Covilhã Educadora, o presidente do município, Vítor Pereira, enfatizou que a educação “é o pilar de qualquer sociedade saudável e democrática”, garantiu que o empenho nesta área “é transversal” e que ela é uma “aposta clara”, que vai além da requalificação do parque escolar e se tem trabalhado para continuar a contribuir para democratizar o acesso à educação.
Segundo o edil, a jornada serviu para “analisar, pensar e refletir sobre os melhores caminhos e estratégias a seguir” com vista a consolidar o princípio de uma educação para todos, sem descurar a educação informal.
“Educação e democracia seguem de braço dado”, acentuou Vítor Pereira, que alertou para a importância “da formação do indivíduo participativo”, na escola e fora dela, e destacou a importância de uma sólida formação humanística dos alunos, capaz de os tornar conscientes e assumirem a sua cidadania no respeito pelos outros, “num tempo de crescente diversidade cultural”.
O presidente do Conselho Nacional de Educação, Domingos Fernandes, defendeu ser necessário “perspetivar um outro balanço para o sistema educativo português” e a necessidade de “mudar a página”, e “fazer um esforço para que todas as escolas sejam escolas boas”.
O responsável aludiu aos dois milhões de portugueses analfabetos na década de 60, à “situação calamitosa” de Portugal, que se encontrava na cauda da Europa nas métricas da educação, com apenas 1% dos alunos a frequentarem o equivalente ao ensino secundário e Acentuou que, os últimos 50 anos, “correspondem à construção do sistema democrático do ensino”.
Cristina Oliveira, delegada regional de educação, avisou que, tão importante quanto requalificar escolas, é “cuidar do que se passa dentro” delas, vincou que, passados 50 anos de democracia, “temos hoje uma grande escola”, embora ainda haja muito para fazer, frisou que “cada vez mais a aposta nos valores humanos é essencial” e que a tecnologia não pode ser utilizada sem critério, sem espírito crítico.
No primeiro dia, os projetos de várias escolas foram antecedidos pela apresentação da covilhanense Lua Afonso, vencedora do Concurso de Eloquência e Oratória de Portugal.