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Liberdade e 62 fotógrafos de sete países na Covilhã

Exposição ao ar livre, na Rua António Augusto Aguiar, do sul africano Gideon Mendel, é uma das novidades da terceira edição do Festival Diafragma

São 62 os fotógrafos, oriundos de sete países, aguardados na Covilhã, entre 11 de janeiro e 9 de março, para participarem nas exposições do Diafragma – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, este ano com o tema “A liberdade está a passar por aqui”, verso emprestado por Sérgio Godinho.

A terceira edição do evento, criado em 2021, apresenta como novidades o primeiro Concurso de Fotografia Diafragma Covilhã e a primeira exposição de fotografia na rua, no centro da cidade, da autoria de Gideon Mendel, sobre alterações climáticas.

A vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, considerou que o Diafragma tem um interesse estratégico na fotografia, mas não deixa de integrar outras artes visuais, como o cinema, área a que é dedicado um ciclo, com a exibição de quatro películas. Também vai ser apresentado ao público em geral, depois de ter sido mostrado na Semana Criativa aos 12 entrevistados, o documentário “Covilhã – terra de tecidos, memórias e pessoas”, com a curadoria e textos de Gonçalo M. Tavares.

“Já posicionámos a Covilhã no universo das cidades da fotografia e é o que nos propomos em mais esta edição”, enfatizou a autarca, segundo a qual o mote do festival, a propósito dos 50 anos do 25 de Abril, é a liberdade.

O concurso de fotografia pretende “abrir caminho para despertar para a fotografia como movimento de expressão artística, para a valorização da fotografia como expressão e como instrumento na área do design” e em outra área a anunciar, salientou Regina Gouveia, na quinta-feira, 12, durante a apresentação da iniciativa.

A outra novidade, a exposição de fotografias penduradas ao longo da Rua António Augusto Aguiar, significa “outro passo em frente”. “O Diafragma sai para a rua com a liberdade”, disse a vereadora.

No programa constam 12 exposições individuais e uma coletiva, com 50 fotógrafos representados, de Portugal, Islândia, Senegal, Brasil, Angola, Espanha e África do Sul.

O curador, Nelson Marmelo e Silva, explicou que foram convidados cinco fotógrafos, a quem foi dada liberdade para cada um escolher outros dez. Bruno Portela, Susana Paiva, Aníbal Lemos, Maria Manuel Monteiro e Nelson Marmelo foram os autores encarregados de fazer essa seleção.

Segundo o curador, o principal desafio foi “como juntar tanto fotógrafo à volta de um tema”, sublinhou que os trabalhos andaram à volta do “conceito entre o real e o duplo” e frisou que “todas as exposições [do programa] são expressão da liberdade de criação”.

Nelson Marmelo vincou “a liberdade na multiplicidade das interpretações que a fotografia oferece”.

“A liberdade vai passar por aqui, ligada à liberdade de expressão e em outras aceções, como a liberdade de pensarmos e nos tornarmos cidadãos participativos na democracia que temos”, realçou Regina Gouveia, que destacou as diferentes dimensões do festival.

Do programa, com um orçamento de cerca de 20 mil euros, consta um concerto de percussão e piano, conferências com especialistas, exposições, oficinas em escolas, palestras, cinema, visitas orientadas aos espaços expositivos, conversas e, pela primeira vez, uma formação para docentes sobre artes visuais, com Estela Rodrigues.

Na Covilhã a programação está centrada na Galeria António Lopes, no Teatro Municipal e na Rua António Augusto Aguiar, enquanto na vila do Paul as atividades decorrem na Casa da Cultura José Marmelo e Silva, no distrito de Castelo Branco.

 

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