Agora, é uma realidade matemática. O Sporting da Covilhã (que esta quarta-feira à tarde acertava calendário na receção ao Lusitânia) vai mesmo, na segunda fase da Liga 3, lutar apenas pela manutenção neste escalão. Todas as ténues hipóteses que a equipa covilhanense acalentava de ainda chegar aos quatro primeiros lugares da Série B (de luta pela subida de divisão) desvaneceram-se no passado domingo, em que os serranos, em casa, em jogo da 16ª jornada, perderam frente ao líder Atlético, por 1-3.
Mais uma vez, o Covilhã pagou caro muitos erros defensivos, mas também a falta de eficácia no ataque, até porque criou várias oportunidades de golo. A primeira, logo no minuto inaugural, num remate bem direcionada, fora da área, de Gui Paula, a que Luís Ribeiro se opôs com categoria, aliviando para canto. Porém, foi o Atlético a marcar primeiro, aos 26 minutos, num lance em que o árbitro assinalou uma falta, sem bola, de David Santos, na meia-lua. E foi daí que Joãozinho, de livre, com um remate de pé esquerdo, colocou a bola no fundo da baliza à guarda de João Gonçalo. Ainda mal o Covilhã se refazia do golo sofrido, e já levava o segundo, aos 30 minutos. Livre lateral do Atlético para a área (falta de Luís Oliveira), a defensiva serrana a não conseguir aliviar a bola, e numa segunda vaga (cruzamento) de Caleb, David Silva, de cabeça, a desviar para o fundo das redes.
Depois de cinco minutos fatídicos, o Covilhã voltou ao jogo, nunca desistiu, foi mais acutilante, e antes do intervalo ganhou ânimo, quando aos 40 minutos reduziu para 1-2, na sequência de um canto cobrado por Filipe Garcia ao qual David Santos, de cabeça, ao segundo poste, deu o melhor seguimento.
Na segunda parte, já com algumas alterações feitas por Francisco Chaló, o Covilhã criou mais oportunidades, mesmo que, pelo meio, também o Atlético as tenha tido. Gui Paula, dos mais inconformados, aos 59 rematou para defesa difícil de Luís Ribeiro, e o mesmo jogador, aos 63, atirou, de cabeça, à trave. No período de mais assédio à baliza lisboeta, Dener, aos 89 minutos, teve tudo para empatar a partida, mas não o conseguiu, e um minuto depois tentou de novo, mas o remate foi ao lado. Pelo meio, o Atlético ainda reclamou uma grande penalidade, por alegado corte com o braço, de Tiago Caveira, de uma bola que se encaminhava para a baliza, e, já em período de descontos, sentenciou a partida, numa contra-ataque em que Elias Franco se isolou e na cara de João Gonçalo, atirou a contar.
Agora, o Covilhã, oitavo classificado (antes de realizar jogo com o Lusitânia, último, que também adiou partida com o Oliveira do Hospital para dia 22), até final terá que conseguir o máximo de pontos já que, sabe, na segunda fase irá lutar por se manter neste escalão. Oliveira do Hospital e Lusitânia já são adversários certos, faltando ainda definir quem os acompanha. Para já, só mesmo o Atlético tem presença garantida na fase final, Belenenses, Académica e 1º de Dezembro ocupam os três lugares seguintes, mas ainda com Sporting B, União de Santarém e Caldas à espreita.
No próximo domingo, os leões da Serra deslocam-se, às 15 horas, ao terreno do Oliveira do Hospital.
Sai Chaló, Grimi assume
O Sporting da Covilhã anunciou na segunda-feira, 13, a saída de Francisco Chaló do comando da equipa, tal como a do adjunto Pedro Taborda. Segundo o clube serrano, rescisões de contrato “por mútuo acordo”.
No mesmo dia, o clube anunciou que será o argentino Leandro Grimi, técnico dos sub-19, a assumir interinamente a equipa. Grimi, ex-lateral esquerdo que chegou a Portugal para representar o Sporting, 39 anos, há três épocas que trabalha na formação dos leões da serra, tendo começado a carreira de treinador na ADE.