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Quarta Parede quer continuar a ter atividade em espaços não convencionais

Companhia vai reforçar programação e quer promover o envolvimento do público nas criações

Reforçar o trabalho nas artes performativas contemporâneas e cruzamentos disciplinares, continuar a sair de espaços convencionais, estreitar as relações com o território e as populações e continuar a desafiar o público a envolver-se nas criações são alguns dos objetivos da Quarta Parede para este ano.

A Associação de Artes Performativas da Covilhã apresentou o plano de atividades para 2025, que tem na valorização do projeto comunitário sénior um dos principais destaques. Depois de o Laboratório ter apresentado uma peça sobre o 25 de Abril, o grupo, atualmente com 12 pessoas, entre os 63 e os 86 anos, e aberto à participação de quem se queira juntar, já se encontra semanalmente no Centro de Atividade e na sede da Quarta Parede.

A principal novidade é a afirmação do grupo como coletivo de criação artística comunitária, que terá fases de formação nas áreas da dramaturgia, voz e movimento, e pela criação de um espetáculo a exibir em 2026, que terá uma apresentação em dezembro de 2025.

As preocupações com a ocupação das pessoas são um dos indicadores e o tema do espetáculo do coletivo Momento Presente – Artes Performativas ainda não está escolhido, vai resultar do trabalho feito. “É um espaço aberto para eles dizerem qual a sua necessidade de comunicação em espetáculo”, frisou João Castro, o novo elemento da estrutura da Quarta Parede.

Segundo Sílvia Ferreira, diretora artística da companhia, o programa para este ano é “diverso e ampliado” e vai continuar a levar espetáculos a localidades mais periféricas e palcos menos comuns, além das salas habituais.

O diálogo com o território e a população local é uma das prioridades da companhia, assim como tratar temas “relevantes na contemporaneidade” e promover a circulação de artistas que, de outra forma, “dificilmente” seriam apresentados em alguns locais, referiu Sílvia Ferreira.

De acordo com a diretora artística, o aumento da atividade levou ao reforço da estrutura, com a entrada de João Castro, e a companhia vai continuar a “escutar e tentar fazer com as pessoas”, num exercício simbiótico.

“Queremos cada vez mais tentar fazer um trabalho de proximidade, seja para os habitantes da região ou visitantes, não só nas salas, mas também em outros lugares”, salientou Sílvia Ferreira.

A diretora artística frisou o propósito de “criar uma relação abrangente com as artes” que envolva os cruzamentos artísticos, mas também a vida das pessoas, através de uma programação que tem um orçamento de 230 mil euros.

Para este ano a Quarta Parede tem planeadas quatro “grandes atividades”: o projeto comunitário para seniores “Momento presente”, as práticas artísticas “Interseções”, a 21.ª edição do Festival Y e o “Em trânsito”.

Das atividades do “Interseções” fazem parte a “Plural”, oficinas de experimentação artística com artistas convidados de diversas áreas, desde câmara escura, cianotipia botânica, música e tradição oral, dança e voz, dirigidas a pessoas de todas as idades, com ou sem experiência.

As “Leituras Nómadas” reúnem mensalmente a comunidade de leitores, durante todo o ano.

A iniciativa “Comum” pretende reunir artistas e grupos da população em sete conversas e um encontro de reflexão com programadores.

Entre março e junho decorre o Y – Festival de Artes Performativas, com 12 espetáculos na Covilhã, Castelo Branco, Fundão e Belmonte, duas residências artísticas e nove ações de mediação.

O “Em trânsito”, explicou Sílvia Pinto Ferreira, “valoriza a criação de comunidades de proximidade através das artes performativas para novos públicos” e realiza-se entre outubro e novembro.

A Quarta Parede tem ainda prevista a colaboração em quatro projetos em parceria com outras entidades.

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