Mário Raposo não vai ser candidato a um segundo mandato nas eleições para o cargo de reitor da UBI, cujo o calendário eleitoral ainda será definido neste mês de março pelo novo Conselho Geral da instituição. A decisão foi anunciada na passada sexta-feira, 14, depois da reunião deste órgão que escolheu João Casteleiro Alves como presidente.
No final do encontro, à RCB, o atual reitor lembrou os já 42 anos ao serviço da instituição, e disse que é altura de se retirar das funções que exerce. “Não vou ser candidato a reitor no próximo mandato. A minha decisão está tomada e só algo de muito extraordinário me faria mudar de opinião este momento” garantiu Mário Raposo.
O responsável máximo da universidade vinca que a UBI, nos últimos anos, tem subido em vários rankings internacionais, que é das melhores universidades do país no que diz respeito à investigação, apesar de ser pequena e ter dos mais baixos orçamentos em termos de instituições universitárias. “É fantástico como conseguimos dar cartas ao nível da investigação. A UBI tem vindo a crescer e a cimentar-se” assegura.
Mário Raposo salienta as obras em curso e que estão a caminho. “A recuperação de residências está aí, vamos começar a recuperar a cantina de Santo António, a da Boavista, para transformação, já foi adjudicado o concurso, a residência I até final do verão estará concluída. Vamos arrancar com o concurso das residências 4 e 5, temos o edifício Melo e Castro em conclusão, portanto, a UBI está bem e recomenda-se” salienta. “A UBI continuará a ser o farol de desenvolvimento desta região. É isso que continuará a fazer esteja cá quem estiver” acredita o reitor da UBI.
Na sexta-feira passada, o empresário João Casteleiro Alves foi eleito Presidente do Conselho Geral, o órgão que tem a responsabilidade de eleger o próximo reitor da UBI, já este ano. Estará em funções até 2028 e terá Graça Rojão como vice-presidente e o docente Bruno Costa como secretário.
“Não fazia parte da expectativa, mas acho que, por princípio e por alguma influência familiar, não consigo dizer não à Covilhã e à sua principal instituição, a UBI”, afirmou João Casteleiro Alves, no final da sessão. Citado em comunicado, o responsável lembrou o passado como ex-aluno e o princípio de “devolver à comunidade aquilo que ela dá”. De acordo com o novo presidente do Conselho Geral, a próxima reunião, a ter lugar em março, deverá estabelecer o calendário e o regulamento do processo eleitoral para o cargo de reitor, que se espera estar concluído “até junho”.
No último ato como presidente do Conselho Geral, Hugo Carvalho mostrou-se satisfeito com a eleição de João Casteleiro Alves, alguém que, “além de ser da casa, acompanhou estes quatro anos”. E manifestou o desejo de que o órgão “discuta muito a Universidade da Beira Interior, porque é assim que o CG também ganha”. O líder cessante aproveitou a ocasião para elogiar a UBI “pela capacidade extraordinária de atrair pessoas de alto gabarito na sociedade, como está à vista pelos novos membros externos”, e pelo atual reitor, Mário Raposo. “Vou levar a UBI comigo e a memória de um reitor absolutamente extraordinário que, desde aluno até reitor, passando pelos cargos de vice-reitor e de tudo e mais alguma coisa nesta casa, deixa cá muito”, acrescenta em comunicado.
Na sexta-feira tomaram posse os oito conselheiros cooptados do Conselho Geral: Ana Abrunhosa, Bruno Mineiro, Dulcineia Catarina Moura, Fernando Parente, Graça Freitas, Graça Rojão, João Casteleiro Alves e Paulo Fernandes. Da parte da academia foram eleitos, pelo Corpo de Professores e Investigadores, Bruno Costa, Ana Paula Duarte, Jorge Barata, Jorge Pereira, Marisa Dinis de Almeida, Eugénia Ferrão, Paulo Pinheiro, Sandra Soares, António Vicente, António Espírito Santo, Liliana Bernardino, Branca Silva, Alcides Monteiro, Joana Casteleiro Alves e Ernesto Filgueiras. No Corpo de Estudantes foram eleitos João Nunes, Camila Torgal, Mafalda Capinha, Leandro Matias e Bernardo Afonso. O Corpo de Pessoal Técnico, Administrativo e de Gestão tem como representante Manuela Campos