Pela primeira vez, o Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, promovido pelo TeatrUBI – Grupo de Teatro da Universidade da Beira Interior, em parceria com a ASTA, tem extensões fora da Covilhã: na Guarda e em Gouveia, onde sobem ao palco a maioria dos espetáculos programados entre 12 e 22 de março.
Na 29.ª edição, o Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior é “o mais antigo do país, que se realiza ininterruptamente há 29 anos”, embora durante a pandemia com versão ‘online’, recordou o diretor, Rui Pires.
“É uma edição com caraterísticas diferentes. Ganhamos esta dimensão de levar o festival para outros locais na Beira Interior”, salientou Rui Pires, que nota que não há mais nenhum teatro universitário na região e que o evento já tem Beira Interior no nome.
Habitualmente com um grupo convidado por noite, este ano o Ciclo de Teatro Universitário é reduzido a três companhias e sete apresentações.
Na Covilhã, onde durante as 28 edições anteriores foram apresentados todos os espetáculos, serão apenas exibidas duas sessões, ambas com a mais recente encenação do TeatrUBI e da ASTA, “Ficções do interlúdio”, em 18 e 19 de março.
A sala também é uma novidade, o Oriental de São Martinho. Rui Pires explicou que a UBI não deu apoio nos últimos anos e que o Teatro Municipal da Covilhã não disponibilizou nenhuma data durante o período em que decorre o evento. As alternativas apresentadas, acrescentou, eram no verão, quando as aulas já terminaram e os estudantes que protagonizam a peça já estão de férias.
Na peça participam quatro alunos da UBI, que ensaiam três horas por dia, quatro vezes por semana, após o horário de aulas.
A estreia de “Ficções do interlúdio”, no arranque do Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, acontece na Guarda.
A sessão está marcada para 12 de março no Teatro Municipal da Guarda (TMG), sala que também acolhe, no dia seguinte, a Aula de Teatro da Universidade de Santiago de Compostela, de Espanha, com o espetáculo “Agamenón, volvin do supermercado e deille unha malleira ao meu fillo”.
O grupo espanhol participa há duas décadas no Ciclo de Teatro promovido pelo TeatrUBI.
A outra companhia convidada, Maricastaña – Aula de Teatro Universitaria de Ourense, também de Espanha, apresenta-se desde a primeira edição do festival de teatro e estará no dia 20 no Teatro Cine de Gouveia, com “Ludovico 2.5”.
A mesma sala recebe dia 21 “Ficções do interlúdio” e dia 22 o espetáculo da companhia de Santiago de Compostela.
O diretor do Ciclo de Teatro Universitário, Rui Pires, disse dia 19, na apresentação do cartaz, que criar extensões era uma pretensão já com algum tempo e que, às circunstâncias, de “na Covilhã fecharem-se portas”, se juntou a colaboração dos municípios da Guarda e de Gouveia, no distrito da Guarda, que disponibilizam as suas instalações, meios técnicos e apoio logístico.
“Faz todo o sentido. É uma forma de alargar um pouco o âmbito de atuação do festival e é também uma experiência para os alunos atuarem em outras cidades da região”, salientou Rui Pires.
O orçamento foi reduzido para cerca de dez mil euros, face aos 38 mil do ano passado.