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Autarca acredita que novo quadro de pessoal não põe em causa finanças da Câmara

Mapa de pessoal para 2025 aprovado pela Câmara e Assembleia Municipal de Manteigas. Com alertas para a viabilidade das finanças municipais. Flávio Massano garante que ainda é dos quadros mais pequenos do País

O presidente da Câmara de Manteigas, Flávio Massano, acredita que o novo mapa de pessoal da autarquia, aprovado por maioria na reunião do executivo de 19 de fevereiro, e também por maioria na passada sexta-feira, na assembleia municipal ( sete votos favoráveis do movimento independente Manteigas 2030, três votos contra do PSD e abstenção dos restantes membros), não põe em causa a sustentabilidade do município, garantindo que, voltar a um quadro de saneamento financeiro, como há alguns atrás, é questão que não se coloca.

“Manteigas, se em Portugal não for a Câmara com menos funcionários, estará seguramente entre os dez municípios que tem menos” afiança Flávio Massano. Que explica que o quadro de pessoal da autarquia contempla um total de 105 postos de trabalho, até final do ano, sendo que, destes, 30 são financiados diretamente pelo Orçamento de Estado e, em relação ao passado, acaba apenas por haver duas entradas novas, já que entram quatro novos elementos na mesma altura que outros dois estão a pedir a saída em regime de mobilidade na Função Pública.

“Estamos ainda a trabalhar com o mapa de 2023, mas vemos isto como algo dinâmico, que tem que ser adaptado aos tempos. Queremos continuar a ter uma Câmara forte. Era necessário reforçar o quadro, algo que foi avançado no executivo anterior. Pois temos um quadro sub-dimensionado face às novas competências que agora temos. Não vejo esta medida como uma despesa, mas sim como capacidade para fazer mais” frisa o presidente da Câmara de Manteigas.

O vereador do PSD, Nuno Soares, que se absteve na votação (tal como a vereadora do PS, Ângela Muxana), garante não ser contra “promoções por mérito” nem contra um quadro de pessoal forte na autarquia, mas teme a sustentabilidade do município. “Tenho bem presente o tempo do saneamento financeiro na Câmara, ao qual não quero voltar. Esta é a visão avisada de quem já aqui anda há muito tempo” afirma. Nuno Soares afirma ainda que ter um quadro de pessoal pequeno e, ainda assim, responder às solicitações, “é sinal de eficiência”. O vereador discorda ainda do timing em que se muda o mapa. “A cerca de meio ano das eleições (autárquicas), é pouco avisado da nossa parte fazer esta alteração. Se fosse no início do mandato teria uma posição diferente” assegura.

“O que estamos a fazer não coloca em causa a Câmara e a sua sustentabilidade. E não vamos voltar a esses tempos (do saneamento). Chegou-se lá porque se gastou mais do que se devia, e não havia regras a cumprir, como agora” disse Flávio Massano.

Durante a assembleia municipal, o autarca voltou a lembrar a necessidade do quadro de pessoal se adaptar “às necessidades do município” face ao assumir de novas competências. “Não vemos como um custo, mas sim um investimento. Temos mais que orçamento para pagar aos funcionários e valorizar as carreiras” garantiu.

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