Notícias da Covilhã- Quando, no início da época, assumiu o Sernache, pensava ganhar o campeonato distrital com tanta facilidade?
Natanael (Natan) Costa- Os resultados espelham supremacia. Mas em todos os jogos defrontámos adversários que nos obrigaram a ser responsáveis e competentes.
Quais os adversários que destaca nesta caminhada?
O Fundão e o Águias de Moradal, pela elevada competitividade. O Pedrógão, pela perseverança perante tantas adversidades. A Atalaia, pela ideia de jogo e saber estar. E o Belmonte, pela coragem de reativar o futebol sénior.
Sendo, há anos, um treinador de Campeonato de Portugal e até de Liga 3, porque deu este passo atrás?
Confiei na palavra do presidente do GD Vitória de Sernache. Sem menosprezar ninguém, confio na minha capacidade de trabalho e mobilizar quem me rodeia. Foi um passo seguro.
O mercado de recrutamento de atletas tem sido sempre fora do distrito. É mais barato? Não há qualidade cá?
Começámos muito tarde a construir o plantel. A maioria dos jogadores já estavam comprometidos. Ainda assim, em renovações e contratações no concelho, temos uma representação de 50 por cento de jogadores do plantel. O resto contratámos quem estava livre e tinha qualidade para lutar pelos objetivos delineados.
Consumada a subida, há agora a Taça de Honra. Dobradinha é objetivo que estava definido?
Ainda temos jogos para o campeonato. Que vamos encarar com toda a seriedade. A final é um jogo de tripla. Que seja um bom jogo de futebol. Há talento para isso. Os jogos com o Fundão têm sido altamente competitivos. Só a nossa melhor versão poderá conquistar esse título.
Para o ano, a realidade será diferente. O Sernache tem sido uma equipa do “sobe e desce”. Qual o projeto desportivo para o ano, e para o futuro?
Felizmente nunca conheci o amargo sabor de ser despedido ou ter descido de divisão. Caso continue no clube, que é altamente provável tendo em conta o acordo verbal com o presidente, o objetivo passará por ter uma equipa competitiva, com bom rendimento e que dignifique Cernache do Bonjardim.
Em termos pessoais, até onde quer chegar Natan Costa?
Não traço metas. Mas objetivos pessoais atingíveis: melhorar as minhas competências técnicas como treinador, como formador de seres humanos e ter maior capacidade de não deixar que o meu padrão comportamental seja influenciado por terceiros, dentro da “bolha emocional” que é um jogo de futebol. E colaborar para o crescimento do Vitória de Sernache e a sua estabilização nos quadros competitivos nacionais.