A Câmara de Manteigas assegura ter tudo preparado para que, este ano, o Estrela Grande Trail (EGT) seja a “maior edição” e de “melhor qualidade de sempre”. Foi esta a garantia deixada pelo presidente da autarquia, Flávio Massano, no passado dia 14, durante a apresentação do evento naquela localidade serrana.
A celebrar a sua décima edição, o EGT, este ano conta para os campeonatos nacionais de montanha e trail e, também por isso, terá mais atletas que no ano passado. Flávio Massano revelou a sua satisfação por se atingirem os números de 2019, antes da pandemia, que trouxeram mais de mil atletas à vila. “Tivemos depois esse período complicado, e tivemos que, a partir de 2022, dar um novo impulso à prova. Já temos mais de mil atletas inscritos e estamos a trabalhar para que seja a edição de maior qualidade de sempre” afiança o autarca. Flávio Massano recorda que o EGT tem atraído participantes de todo o mundo, um evento “de Manteigas para o País e para o mundo”, que tem “crescido ao longo dos anos”, contribuindo não só para o desenvolvimento do desporto nacional, mas também “para Manteigas como destino”.
A iniciativa decorre entre 9 e 11 de maio, com diversas provas e distâncias. O Uphill Fragão do Corvo, corrida de montanha de seis quilómetros; o Estrela Grande Trail Experience, prova de corrida em três etapas com a distância total de 71 quilómetros (6, 50 e 15); o Estrela Grande Trail, a prova principal, de 105 quilómetros; o Estrela Orion Belt (50 quilómetros); o Estrela Taurus (33 quilómetros)e o Estrela Ursa Minor (15 quilómetros). Há ainda provas para os mais novos, o Estrela Trail Kids, e também um Estrela Solidário.
Armando Teixeira, organizador da competição há vários anos, e selecionador nacional de trail, lembra que o EGT, apesar de comemorar dez anos, começou a ser preparado muito antes, e que o facto de decorrer na Serra, com uma magnitude e orografia “muito difícil” obriga a muito trabalho, nomeadamente no que diz respeito à segurança. Garante que, apesar dos mais de mil atletas, não se quer uma prova de massas, mas sim “equilibrada” tendo em conta não só a segurança, mas também o respeito pelo ambiente, e realça o facto de, havendo três dias, os atletas poderem até participar em três provas de distância diferentes. Sobre o impacto na economia local, não tem dúvidas que é grande. “Uma prova aqui, mesmo que só com apenas 400 participantes, tem mais impacto que uma de dois mil em Lisboa. Pois dinamiza tudo à volta, desde o alojamento à restauração” assegura. “Vai ser um fim-de-semana em grande. Vamos mostrar o quanto de belo tem a Serra, e de duro” afiança.
José Barros, da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), recorda que o trail é “uma área cada vez mais importante do atletismo, e acredita que o que move cada vez mais gente para a modalidade é “o ambiente natural e a superação”.
Já Rui Pinho, presidente da Associação de Trail Running de Portugal, salienta que a Estrela “é a grande montanha de Portugal” e por isso, onde competem “os melhores”, recordando que a competição servirá também para apurar os atletas nacionais que competirão no mundial da modalidade a disputar nos Pirenéus, França.