Quatro contentores para sala de aula em Belmonte

Autarquia vai pagar 70 mil euros pelo aluguer das estruturas durante dez meses de obras na escola sede. Empreitada deve arrancar na próxima segunda-feira

É a solução alternativa para que, durante o ano letivo que vem, os alunos não sejam privados de espaços de sala de aula. A Câmara de Belmonte vai alugar, à empresa que irá realizar as obras de requalificação da escola sede do Agrupamento, quatro contentores, que serão transformados em quatro salas de aula, durante dez meses, pelo valor total de 70 mil euros. A medida foi anunciada na passada quinta-feira, 17, pelo presidente da Câmara, António Dias Rocha, durante a reunião pública do executivo.

“É uma necessidade para as salas de aula, até porque vamos ter mais alunos do que os que tínhamos, o que nos deixa bastante satisfeitos. Mas é necessário fazer aquelas obras, pois aquele espaço, com mais de 50 anos, tinha sítios degradados, e era tempo de dar melhores condições para que alunos, professores, e quem lá trabalha, tenha o mínimo de condições aceitáveis em pleno século XII”, salienta o autarca belmontense.

Segundo António Dias Rocha, em reunião tida com o presidente do Agrupamento, Daniel Tomé, foram pedidas mais salas alternativas, mas o autarca frisa que as melhorias de futuro exigem sacrifício de todos. “Queriam 12 contentores, mas isso era incomportável, a sete mil euros cada. Preferia cá trazer os Calema” ironizou o presidente da Câmara, que anunciou o início da empreitada para a próxima segunda-feira, 28.

As obras de requalificação da escola sede do Agrupamento de Escolas Pedro Álvares Cabral foram adjudicadas à empresa Now XXI, após concurso público, pelo valor de um milhão, 89 mil 510 euros. O prazo de execução da obra é de 12 meses. Em Belmonte, a escola sede está sedeada em dois pavilhões pré-fabricados, da década de 80, a que foram depois acrescentados, há cerca de 20 anos, mais dois edifícios em dois dos campos desportivos que ali existiam. A empreitada prevê a melhoria dos quatro edifícios e, segundo o vereador da CDU, Carlos Afonso, ex-auxiliar de ação educativa na escola, se esta começar pelo pavilhão zero, onde estão centradas a maioria das salas, assim que este edifício esteja pronto o município já quase não necessitará de ter alugados os contentores para salas alternativas.

A intervenção prevista contempla, entre outras intervenções, o revestimento térmico das fachadas e cobertura, a suavização de percursos entre pavilhões, com criação de novas rampas, intervenção em escadas exteriores, e remodelação das redes de água e eletricidade, bem como a mudança de toda a caixilharia, com aplicação de vidro duplo.

Durante a reunião pública do executivo, foram ainda dadas a conhecer as conclusões de uma avaliação externa às escolas do Agrupamento. “É um relatório independente, que mostra que se está a trabalhar bem” disse Dias Rocha. Que acrescentou que são “às dezenas” os exemplos de alunos que “conseguiram chegar longe e estudaram aqui”.

Para o vereador da CDU, Carlos Afonso, não há dúvidas que “temos uma escola de sucesso e é preciso dizê-lo”. Porém, o autarca salientou a necessidade de se encontrar um espaço para as crianças que usufruem da Componente de Apoio à Família (CAF), dinamizado pela Santa Casa, e que ocupa os jovens até que os pais os possam ir buscar à escola. Um serviço que começou com dez crianças, e hoje, tem 35. “Não há condições para elas” frisa o vereador, com o vice-presidente, Paulo Borralhinho, a explicar que a solução poderá ser a compra de um pré-fabricado com esse destino. “Uma obra melhor e mais barata” garante. Dias Rocha também reconhece a necessidade, quando há, este ano, mais alunos no 1º ciclo. “Vamos ver se conseguimos fazer alguma coisa até setembro, para suprir carências, tanto aqui como em Caria. É um apoio indispensável aos pais. Temos que encontrar soluções” assegura.

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