Um concerto dos José Pinhal Post-Mortem Experience, amanhã, sexta-feira, 1, no Largo do Calvário, na Covilhã, dá início à oitava edição do “Verão no Centro Histórico”, promovida pela Câmara da Covilhã, e que durante cinco fins-de-semana de agosto levará música e história às ruas da zona mais histórica da cidade.
Na sexta, segundo a autarquia, um dos “maiores e mais surpreendentes fenómenos dos últimos anos na música nacional” estreia-se em concerto na Covilhã. “Durante a década de 80, José Pinhal foi um subvalorizado mestre da música de baile, falecido num acidente de viação em 1993. Com o desígnio de homenagear a obra deste lendário cantor, o músico João Sarnadas propõe-se a fundar uma banda de homenagem a José Pinhal. Nascem assim em 2016, os José Pinhal Post-Mortem Experience, um super-grupo de baile peculiarmente composto por músicos oriundos da cena musical underground e experimental do Porto” acrescenta a Câmara em comunicado.
O evento decorre em cada uma das sextas-feiras do mês, e conta ainda com concertos de Homem em Catarse (8) no Pátio dos Escuteiros, Velhote do Carmo (15), junto ao Oriental de São Martinho, Luca Argel (22), atrás da Câmara e os sons locais de Robin Tolle (29) na Rua Batista Leitão, junto à Rua Portas do Sol.
Além da música, volta a haver visitas históricas encenadas, guiadas pela atriz Joana Poejo, com início às 21:30, no local onde se realiza o espetáculo do dia, terminando no mesmo sítio, cerca de uma hora depois. Todos os concertos se iniciam a esta hora, ou seja, assim que acabe a visita encenada. Segundo a vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara, Regina Gouveia, o roteiro de cada visita encenada conta quase sempre com um “elemento surpresa”.
A autarca salienta que este é um evento “muito especial” para a cidade e para os seus habitantes, que chega a todas as faixas etárias e a pessoas letradas e não letradas, configurando-se como um “uma forma de comunicar o património local de uma forma muito inclusiva”. A autarca salienta que o “Verão no Centro Histórico” está ancorado a uma área da cidade, em termos de história e de património local, e é um evento que tem procurado “ampliar o sentimento de pertença” e estreitar laços entre a comunidade e a sua história, dando a conhecer locais, curiosidades e personagens ligados à cidade. Segundo Regina Gouveia, um dos propósitos tem sido levar os covilhanenses e visitantes a valorizarem o património, porque passam a conhecê-lo melhor. Apresentar na Covilhã, no Centro Histórico, música e músicos emergentes, “em locais inusitados ou improváveis, mas emblemáticos do ponto de vista do património”, é outro dos propósitos.
João Rocha, o programador, sublinha a preocupação em “unir sempre a vertente mais didática à nova música nacional” e, nomeadamente com o espetáculo José Pinhal Post-Mortem Experience, “tentar chegar a um público ainda mais jovem” nos concertos.
Patrícia Pinto, do departamento de Cultura do município, adianta que, durante três dias, se vai passar por lugares onde não se esteve antes, como é o caso do Pátio dos Escuteiros, a zona junto ao Oriental e a Rua Batista Leitão.