Foi ao som de “Respirar”, dos Calema e Sara Correia, que o candidato do “Nós Cidadãos” à Câmara de Belmonte nas autárquicas de 12 de outubro, António Luís Beites, deixou, no passado domingo, a garantia que concorre para ganhar. “Não tenho dúvidas que vamos ganhar esta eleição” disse o candidato, na sua apresentação no bem composto largo do Pelourinho, com muita gente do município que ainda lidera, Penamacor.
Fazendo um percurso da sua vida, desde que, em 1997, com 22 anos, foi eleito presidente de junta na Benquerença, Beites, 50 anos, “o Tó Luís para quem me conhece, um homem do povo” admitiu não ser de Belmonte, “nem vou comprar casa cá”, mas vê no concelho um território de oportunidades por explorar. O candidato acredita que, se a lei não o impedisse, concorreria de novo a Penamacor e ganharia, mas diz deixar o “barco a andar” numa autarquia que, recorda, estava numa situação complicada financeiramente, antes dos seus 12 anos de mandato. E hoje “surge sempre nos primeiros lugares no anuário financeiro” vinca.
Admite que em Belmonte esse será um trabalho a fazer inicialmente: “ser bom pagador e ter contas certas”. António Luís Beites acredita que a situação geográfica de Belmonte, junto à A23, Linha da Beira Baixa, e meio caminho entre Covilhã e Guarda, é um trunfo para o desenvolvimento. “Mas Belmonte não pode depender da Covilhã” salienta.
Das ideias chave do “projeto de futuro” que tem em mente, António Luís Beites já disse que quer criar uma zona de lazer, junto ao Zêzere, à semelhança do que fez na Benquerença, melhorar as vias de comunicação, mas “sem engraxar por cima sem remendar por baixo”, criar condições à fixação de empresas e pessoas, melhorar redes de água e saneamento, reabilitar o parque habitacional, apostar num projeto educativo que fixe alunos no concelho até ao 12º ano, e um maior apoio ao associativismo, além de “fortalecer” o turismo, que “caiu após a pandemia”.