Assim se apresenta a plataforma multimédia que iniciou as suas transmissões dando relevo aos debates entre os candidatos às eleições autárquicas que se realizam a 12 de Outubro. E desta forma registaram a Covilhã. Em directo para contar porque querem dirigir os destinos do concelho nos próximos quatro anos, Hélio Fazendeiro actual chefe de gabinete do executivo, Jorge Simões em representação do PSD, Eduardo Cavaco pela coligação CDS/IL e Jorge Fael pela CDU.
Contar como foi para contar como é. Assim se propõe o Notícias que assistiu aos mais de 50 minutos e que o que de mais relevante foi dito por cada um dos candidatos no que toca aos temas propostos. Os Incêndios, o Interior, e a Economia do concelho.
Fazendeiro rejeitou a ideia de que os últimos INCÊNDIOS sejam de exclusiva responsabilidade do actual executivo municipal, que nunca se investiu tanto na prevenção. Simões aludiu a inércia e estagnação, Fael falou da urgência na estabilização dos terrenos, e Cavaco referiu que é importante esquecer pinheiros e eucaliptos, e que há que plantar carvalhos.
Sobre o esquecido INTERIOR, o candidato do PS afirmou que é preciso que o Estado central compreenda que estes territórios são um activo determinante para o desenvolvimento do país, e que é preciso mudar o paradigma e deixar de olhar apenas para as prioridades do litoral. Por seu turno Jorge Simões disse que não basta culpar “Lisboa” porque não foi feito o trabalho de casa, já que nos últimos 10 anos o concelho perdeu 7% da população, insistindo na tónica da criação de emprego. À pergunta se o interior do país tem sido o parente pobre, a resposta é um rotundo Sim! Eduardo Cavaco cabeça de lista da coligação CDS/IL afirmou que para gerir as potencialidades do território é preciso mudar, é preciso visão, é preciso equipa, é preciso estratégia, referindo que a sua candidatura tem propostas concretas para a cidade. Em nome dos comunistas, Jorge Fael disse que é preciso um município com capacidade reivindicativa junto do poder central.
No plano da ECONOMIA, o representante da posição contrariando a imagem de falta de investimento mostrada pelos candidatos do PSD, da Coligação CDS/IL e da CDU, escudou-se numa pretensa dinâmica empresarial, fazendo uso da ideia de uma região com um grande valor acrescentado e de uma forte componente produtiva. No debate ficou bem patente a necessidade de continuar a apostar em parcerias estratégicas com a Universidade da Beira Interior, que há muito para fazer na criação de emprego, que faltam creches, e que a habitação é também um dos problemas mais graves que há por resolver. Todos de uma forma geral insistiram na necessidade de fixar os jovens, em atrair investimento e na revitalização industrial. Foi notória a falta de grandes projectos, de ideias concretas, e de trunfos para jogar. Apesar de ainda muito vagos e generalistas, há ainda tempo para progressos nas mensagens. Deveremos estar atentos ao que têm para nos contar.