É, para muitos, a chamada economia de troca direta. Eu dou, tu dás em troca. A Câmara de Belmonte chegou a acordo, com empresas de componentes eólicas que estão a usar vias municipais para levarem material até ao concelho do Sabugal, para que sejam elas, a troco do uso da rede viária municipal, a requalificarem o troço entre o cruzamento da A23 e o cruzamento da Grasil, na estrada que liga o Ginjal a Caria.
Na última reunião privada do executivo, este foi confrontado com um pedido de autorização de circulação de transportes especiais, por parte de empresas de componentes eólicas, em algumas vias municipais. E estabeleceu um protocolo de colaboração que visa não só a manutenção e reparação dos troços em que circularem, como a requalificação de todo o troço que liga a A23 ao Ginjal, um dos que se encontra em mau estado no concelho.
Segundo o NC apurou, junto de fonte da autarquia, além de se comprometerem a indemnizar a Câmara pelos danos causados em vias que usem, como as estradas para estação e Inguias, as empresas suportam integralmente o arranjo da via entre a autoestrada e a Grasil, orçado em cerca de 300 mil euros. Segundo o que o NC apurou, as empresas ligadas às eólicas irão ainda ter que fazer um seguro, que funcionará como espécie de caução, por danos causados, ao longo dos cerca de três meses em que andarem pelas estradas concelhias, com início previsto de atividade em novembro.
Esta passagem irá, também segundo o NC apurou, obrigar a “rasgar” ao meio a chamada rotunda da “vaca”, que após a passagem dos camiões voltará a ser reposta mas paga integralmente pelas empresas ligadas às energias renováveis.
Recorde-se que a autarquia aprovou a contração de um empréstimo para o arranjo de algumas vias municipais, como a rua dos bombeiros (já feito), o acesso à localidade do Colmeal da Torre e o troço entre o Ginjal e a ponte de São Sebastião, em Caria, estas duas últimas em execução.