Mutualista “no coração” da cidade

Balcão inaugurado na Rua Direita conta também com serviços de apoio aos migrantes. Objetivo é estar “mais perto das pessoas”

Estar mais próximo dos associados e das pessoas. É este o grande objetivo da Mutualista da Covilhã que inaugurou, na passada sexta-feira, 26, o seu novo balcão na Rua Comendador Campos Melo (Rua Direita) nas antigas instalações da Perfumaria Mário, que além de prestar serviço e apoio à comunidade em geral, disponibiliza também o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM).

“Esta é uma estratégia de proximidade. Esperamos que este seja o primeiro de outros, e que seja um posto de informação, mas sobretudo de escuta ativa, pois para estar próximo das pessoas é preciso ouvi-las” justifica o presidente do conselho de administração da Mutualista, Nelson Silva. Segundo o dirigente, pretende-se saber as necessidades das pessoas, para encontrar soluções, mesmo no meio da cidade. “Queremos dar uma nova centralidade. Por exemplo, no CLAIM. Pois acreditamos na integração de migrantes, que fazem falta a um Interior envelhecido e com falta de mão-de-obra. Mas é preciso ajudá-los e integrar”, salienta Nelson Silva, lembrando trabalho já feito neste domínio na Casa Moura.

Luís Miranda, da administração da União das Mutualidades Portuguesas, garante que no País não existe nenhuma Mutualista que “se tenha aproximado tanto das pessoas” e que cumpra tão bem “os seus fins”. As novas instalações são “o símbolo do que a Mutualista faz todos os dias para ir ter com as pessoas”.

Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da ação social na Câmara da Covilhã, destaca que este é um passo importante ao trazer “um ponto de contacto no coração da cidade”. A autarca elogia os muitos projetos sociais dinamizados pela Mutualista, inovadores, e a “maturidade e saber” da instituição nesta área. “Que esta ambição coerente continue a marcar a Mutualista”, deseja.

Nesta mesma tarde, a instituição apresentou o projeto “Viv´Aldeia – Saúde, Vida e Comunidade”, com a duração de três anos, que abrangerá 9 aldeias do concelho da Covilhã. Um projeto aprovado no âmbito do Portugal Inovação Social 2030 e que conta com o apoio do Município da Covilhã enquanto investidor social, entre outros parceiros. As ações previstas incluem acompanhamento psicológico (individual e em grupo), sessões de atividade física, animação sociocultural, entre outras iniciativas de proximidade na área da saúde e do bem-estar.

Segundo Nelson Silva, a prioridade imediata é a zona sul do concelho, afetada pelo violento incêndio de agosto, com o objetivo de apoiar as populações atingidas. Já na sexta-feira a Mutualista esteve na Barroca Grande e Trigais, com rastreios cardiovasculares, avaliação da condição física, jogos tradicionais e experiências com realidade virtual. “O futuro do setor social tem que ser construído com visão e sentido coletivo”, frisa, lembrando a importância de parceiros como as IPSS e as juntas de freguesia.

Paula Pio, responsável do projeto, lembra que o mesmo vai muito mais além da condição física, mas funciona também na coesão social do território, e recorda que a Unidade Móvel da Mutualista, que há largos anos percorre várias aldeias para prestar alguns cuidados de saúde, mas não só, é “o cerne” do Viv’Aldeia. “Apoiámos toda a gente, mas com especial relevância para os idosos” afirma.

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