Linha da Beira Alta reabre na totalidade

Circulação, que estava suspensa há mais de três anos, foi reposta. Dois anos depois do prazo inicial

Desde o passado domingo, 28, que os comboios voltaram a circular na totalidade da Linha da Beira Alta, depois da reposição do serviço de transporte de passageiros no último domingo no troço entre Pampilhosa e Mangualde.

A circulação, na sua totalidade, fora suspensa em abril de 2022, por um período anunciado de nove meses, face a obras de modernização, que se estimava ficassem prontas em janeiro de 2023. Apesar de, gradualmente, terem sido reabertos os troços Mangualde-Celorico da Beira, Celorico da Beira-Guarda e Guarda-Vilar Formoso, a renovação integral da Linha acabou por demorar mais de três anos, num investimento global de 600 milhões de euros. Assim, passa de novo a ser possível viajar de comboio entre a Pampilhosa e Vilar Formoso, na fronteira com Espanha, após a renovação integral de 193 quilómetros, uma obra considerada fundamental no Corredor Internacional Norte, permitindo uma ligação ferroviária para passageiros e mercadorias mais segura e rápida entre o Centro e o Norte do país e a fronteira.

Também no domingo entrou em funcionamento a Concordância da Mealhada, uma nova ligação com cerca de 3,2 quilómetros entre a Linha do Norte e a Linha da Beira Alta. “Esta infraestrutura permite uma ligação ferroviária direta entre o norte e o Interior do país, com vantagens operacionais para o transporte de passageiros, beneficiando diretamente as populações destas regiões, e de mercadorias, nomeadamente na ligação aos portos de Aveiro e Leixões, e às redes ferroviárias de Espanha e da Europa”, realçou em comunicado a Infraestruturas de Portugal.

A empreitada de requalificação e eletrificação da Linha da Beira Alta incluiu melhorias do traçado, com a construção de diversas variantes, que permitem o aumento de velocidade de circulação dos comboios. Foram também suprimidas todas as passagens de nível com a construção de alternativas de atravessamento desniveladas. Nas estações, foram criadas zonas de resguardo, que asseguram o cruzamento de comboios de 750 metros, o que vai permitir o aumento do número de comboios e uma maior fluidez de circulação. A Linha da Beira Alta foi ainda dotada de modernos sistemas de sinalização eletrónica e telecomunicações ferroviárias, que garantem a melhoria dos níveis da segurança. “O país dispõe agora de uma infraestrutura de transporte de passageiros e mercadorias mais moderna, segura, eficiente e ambientalmente sustentável”, conclui a IP.

Miguel Pinto Luz, em comunicado citado pela Lusa, lembra que esta obra era esperada e que a aposta do Governo é “investir na ferrovia, investir no futuro de Portugal. Pela sua natureza estruturante do território, pela importância para o crescimento económico, para a coesão territorial e social, e pelo papel decisivo na descarbonização da mobilidade – o investimento ferroviário não pode parar”. O ministro das Infraestruturas e Habitação, realça que, com a reabertura integral da Linha da Beira Alta, “devolve-se assim um eixo estruturante na ligação entre o Interior do território nacional, os principais centros urbanos e a rede ferroviária internacional, com ligação à fronteira com Espanha”.

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