Fundão dá nome de Fernando Paulouro ao auditório da Biblioteca

Foram ainda decretados dois dias de luto municipal pela morte do ex-diretor do JF, que faleceu ontem, aos 78 anos

A Câmara do Fundão, em nota de pesar, anuncia que o auditório da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade vai passar a ter o nome de Fernando Paulouro Neves, ex-diretor do Jornal do Fundão, que faleceu ontem, segunda-feira, 6, aos 78 anos. Um dia depois de ter apresentado, precisamente naquele local, o seu novo livro, intitulado “As Sombras do Combatente”, no dia da Implantação da República.

“Figura ímpar da nossa história coletiva”, segundo a autarquia, em comunicado, Fernando Paulouro Neves, tal como referido na nota biográfica escolhida pelo próprio neste seu último legado, o livro que é um hino à liberdade, “As Sombras do Combatente”, foi “jornalista e escritor, foi chefe de redação e Diretor do Jornal do Fundão, tendo presidido ao Teatro das Beiras e sendo autor do blogue Notícias do Bloqueio”.

“A Sociedade Ibero-Americana distinguiu-o, na Universidade de Salamanca, com o título de sócio de honra. Em 2013, foi-lhe atribuída a Medalha de Ouro da cidade do Fundão. Foi igualmente distinguido com o Prémio Gazeta de Mérito do Clube dos Jornalistas e com o Prémio Eduardo Lourenço, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos”.

“Publicou, entre outros, A Guerra da Mina e os Mineiros da Panasqueira (com Daniel Reis), O Foral: Tantos Relatos/Tantas Perguntas, Os Fantasmas Não Fazem a Barba (com Zé d’Almeida), A Materna Casa da Poesia – Sobre Eugénio de Andrade, Crónicas do País Relativo – Portugal, Minha Questão, Fellini na Praça Velha, Brasil em Mim, O Informador e Outros Contos, Catorze Histórias Incríveis ou o Fabuloso Imaginário das Lendas da Beira Baixa (Com José Manuel Castanheira) e O Tribunal das Almas – Os Espiões de Deus e as Fogueiras. Organizou ainda a antologia António Paulouro: As Palavras e as Causas”.

A autarquia, em nota de imprensa, publica as suas palavras durante a apresentação do seu último livro: “a liberdade é uma batalha sem fim, e os que vierem depois de nós devem continuá-la, mesmo se tiverem de ser combatentes da sombra!”.

A Câmara, que manifeste pesar pelo falecimento de Fernando Paulouro, lembra-o como um cidadão “com forte empenho profissional, cívico, político, cultural e social na sociedade fundanense”. Foram decretados dois dias de luto municipal.

Foto: Dulce Gabriel

 

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