Luís Alberto (1934-2025)

Tão discreto quanto categorizado. Começou, como tantos da sua geração, a fazer teatro amador na Sociedade Guilherme Cossul, ali à Dom Carlos, em Lisboa, o primeiro contacto de tantos actores com o tabuado. Depois seguiu uma longa carreira no teatro, actividade que desempenhava com amor. Integrou companhias como o Teatro Estúdio de Lisboa, Os Bonecreiros, o Teatro de Almada, o Teatro Aberto, e as Companhias de Raul Solnado e de Vasco Morgado. Estreou-se com Varela Silva em 1962, e três anos depois inicia a sua relação com a televisão na série Os Apaixonados. Os mais velhos lembrar-se-ão de séries como Zé Gato, Duarte e Companhia, ou Retalhos da Vida de um Médico. E mais recentemente O Inspector Max ou Conta-me Como Foi.

Subiu ao Teatro Nacional pela mão de Amélia Rey Colaço. Frequentou as aulas do Conservatório já depois de exercer a actividade com distinção. Dizia que é preciso estar constantemente a aprender. Ajudou a fundar o Teatro da Proposta. Foi um nunca mais acabar de projectos em que se envolveu. Também no cinema, em filmes como A Fuga, Longe da Vista, ou A Bomba. Morava há uns anos na Casa do Artista, onde era carinhosamente tratado por “menino Luís”. Tinha problemas de saúde, sofria de uma doença degenerativa, a que parecia não dar muita importância. Em 2003 a interpretação na peça Copenhaga valeu-lhe um Globo de Ouro atribuído pela SIC. Partiu aos 91 anos.

 

 

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